Bruno de Carvalho e Jaime Marta Soares interpretam decisão de forma diferente e prosseguem acusações das últimas semanas.
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A interpretação da decisão do Tribunal Cível em relação à providência cautelar que decide a Assembleia-Geral do Sporting é dúbia e levou a Bruno de Carvalho e Jaime Marta Soares a interpretações diferentes.
Após a divulgação da informação, o presidente leonino falou em declarações à SIC Notícias e garantiu que não a direção não tem "problema nenhum em ouvir os sócios" mas sim no facto de "Jaime Marta Soares enlamear o nome do Sporting".
Citando a decisão da justiça, Bruno de Carvalho explicou o que estará escrito no documento. "Não aceitaram: a) prestar todos os meios necessários para a realização; b) reservar o Altice; c) mobilizar funcionários; d) contratar a Universidade do Minho, ou outra, para a validação dos votos; e) dar a base de dados; f) apresentar um plano de segurança; h) publicar nos jornais e televisões; i) publicar a convocatória; j) permitir ao requerente exercer as suas funções; l) abster-se (nós) de utilizar os meios oficiais do clube; m) comunicar que mantém a Assembleia-Geral e que o requerido seja expressamente advertido que incorre na pena de crime de desobediência qualificada. A tudo isto o tribunal respondeu "indefere-se liminarmente"".
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E, neste sentido, o líder leonino deixou um recado aos sportinguistas: "Se quiserem uma Assembleia-Geral constitutiva, é entregar à comissão transitória da mesa todas as assinaturas e todas as formalidades e nós marcamos essa Assembleia-Geral destitutiva.
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Contrariamente, Jaime Marta Soares acusa Bruno de Carvalho de inventar "para querer impor a sua vontade", o que o tem levado, garante, "a fazer autênticos atentados à democracia e ao Estado de Direito".
"A nossa interpretação está correta", assegura o presidente demissionário da Mesa da Assembleia-Geral. "O conteúdo global do documento garante que o Presidente da MAG está legitimado para levar o ato por diante, que a marcação da Assembleia-Geral está devidamente legitimada e que se vai realizar no dia 23 de junho", referiu em declarações à SIC Notícias.
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"Porque é que Bruno de Carvalho, que tantas vezes propagou que daria sempre as voz aos sócios, não quer dar a voz aos sócios? De que tem medo? Porque anda a dividir os sócios e a pôr sportinguistas contra sportinguistas? Isto só se resolve com eleições. Eu tenho feito tudo o que está ao meu alcance", acrescenta, acusando-o de fazer "teatrices" e colocando em causa o sentido "de democracia, liberdade e respeito pelos sócios".