Para além de Paulo Gonçalves, há um outro detido nesta operação. Informação recolhida pela TSF.
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Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, foi detido esta manhã pela Polícia Judiciária (PJ). A TSF sabe que é suspeito de corrupção ativa.
Para além de Paulo Gonçalves, foi também detido um técnico do Instituto de Gestão Financeira e Infraestruturas da Justiça, suspeito de corrupção passiva.
Num comunicado, a Polícia Judiciária confirma que a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) deteve dois homens "pela presumível prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, acesso ilegítimo, violação de segredo de justiça, falsidade informática e favorecimento pessoal", no âmbito de um inquéiro que corre no Departamento de Invetsigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa.
"Averigua-se o acesso ilegítimo a informação relativa a processos que correm termos nos tribunais ou Departamentos do Ministério Público a troco de eventuais contrapartidas ilícitas a funcionários", lê-se no comunicado da PJ.
Os dois detidos foram levados para as instalações da Polícia Judiciária em Lisboa. Vão ser ouvidos assim que seja determinado pelas autoridades.
A operação, a que a PJ deu o nome de "e-toupeira", começou há quase meio ano.
"No decurso da operação, que envolveu cerca de 50 elementos da Polícia Judiciária, um juiz de instrução criminal e dois magistrados do Ministério Público, foram realizadas trinta buscas nas áreas do Porto, Fafe, Guimarães, Santarém e Lisboa que levaram à apreensão de relevantes elementos probatórios", adianta ainda a Polícia Judicária.
De acordo com a informação recolhida pela TSF, várias outros funcionários judiciais estão envolvidos neste caso.
A investigação prossegue, com vista ao apuramento dos benefícios ilegítimos obtidos.
Paulo Gonçalves foi constituído arguido no caso dos emails em 19 de outubro, na sequência de buscas da Policia Judiciária ao clube.