"Aurinegro": documentário sobre cem anos do Beira-Mar estreia esta quinta-feira
O clube teve o seu momento mais alto na tarde de 19 de junho de 1999, mas foi também aí o início do declínio.
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É esta quinta-feira à noite que estreia, em Aveiro, o documentário "Aurinegro", uma longa-metragem sobre os cem anos de história do Beira-Mar, o principal clube da cidade. Um emblema que, atualmente, está a reerguer-se depois da queda e que, em 1999, teve o seu momento mais alto.
"A TVI muito simpaticamente cedeu ao documentário as imagens da Taça da Portugal, então é um dos momentos mais emocionantes e energéticos que o filme tem. Está um momento bonito no filme. Começou por ser um clube de bairro, com os pescadores e pequenos comerciantes, e depois foi crescendo ao longo das décadas juntamente com a cidade. É um filme não só sobre a história do clube, mas também sobre a história da cidade e da comunidade que o abraça e tanto vibra com ele", contou à TSF Gonçalo Almeida, realizador de "Aurinegro", o documentário que conta os cem anos de história do Beira-Mar.
Um clube que na tarde de 19 de junho de 1999 escreveu o seu momento mais alto, mas esse foi também o início do declínio. Uma fase que não passa ao lado do filme de Gonçalo Almeida.
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"Fala também da questão das SADs que foram feitas, da forma como acabaram por correr mal e também de como o clube, quando passa por esse momento mais difícil, é obrigado a cair da segunda divisão nacional para a segunda divisão distrital. Dá também um retrato muito bonito desse momento em que o clube se vê livre das garras de todos esses interesses económicos e grupos com intenções duvidosas e toma outra vez as rédeas. As pessoas da cidade começam a levantar o clube outra vez desde o início", explicou o realizador.
Foi mais um capítulo da história do Beira-Mar que tinha de estar no documentário.
"As pessoas que estavam no clube perceberam que não faria sentido estar a jogar na segunda distrital no Estádio Municipal de Aveiro, que era completamente desproporcional àquilo que ia ser. Então, ao voltar ao Estádio Mário Duarte, fez-se um esforço coletivo e popular fantástico. Andaram lá pais de atletas a pintar as cadeiras, recuperar a relva, arranjar os gredeamentos. Pessoas com uma boa vontade tremenda", recordou Gonçalo Almeida.
Tudo para não deixar o clube morrer. Um emblema com cem anos de história pelo qual jogaram nomes como Sousa, Abdelghani, Dinis, Mário Jardel e até Eusébio.