Autódromo Internacional do Algarve desmente que MotoGP esteja em risco no próximo ano
O administrador do Autódromo coloca em causa a notícia da revista alemã SpeedWeek.
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O administrador do Autódromo Internacional do Algarve (AIA) garante que quem decide sobre as condições do recinto é a Comissão de Segurança da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) e não a DORNA, a empresa promotora do Mundial de MotoGP.
Paulo Pinheiro garante que todos os anos é feito um relatório sobre as condições a melhorar e o Autódromo tem realizado essas melhorias. "No final do ano passado recebemos um relatório dizendo que tínhamos que aumentar os semáforos, aumentar a escapatória da curva 1, tinha uma lista de vinte e tal coisas, e fizemos", relata. O administrador considera que é uma situação normal, e" ao longo de 15 anos têm sempre realizado tudo o que lhes é pedido. "Se temos que mudar a gravilha, mudamos a gravilha, isso é um não-assunto", considera.
De acordo com a revista alemã Speedweek a Dorna, a empresa promotora do Mundial de MotoGP, ameaçou retirar o Grande Prémio de Portugal do calendário de provas, caso a situação do cascalho das escapatórias do Autódromo Internacional do Algarve (AIA) não seja alterada.
Em entrevista à revista, o espanhol Carmelo Ezpeleta disse que, "a menos que o estado das camadas de cascalho mude completamente, não haverá corrida de MotoGP [no Algarve] no próximo ano".
Em causa está o tamanho das pedras usadas na gravilha que preenche as escapatórias do circuito algarvio e que serve para fazer reduzir a velocidade dos veículos que saiam de pista ou dos pilotos que caiam. O tamanho das pedras tem provocado críticas dos pilotos de MotoGP desde 2022, por considerarem que são demasiado grandes e que provocam lesões aos pilotos que caem.
Em declarações à TSF, Carmelo Ezpeleta considera que as suas declarações foram retiradas do contexto. "A Comissão de Segurança veio dizer-me que os pilotos se lamentaram muito do tamanho da gravilha nas escapatórias e eu disse-lhes que não se preocupassem, porque o circuito tinha que voltar a ser homologado e não se homologará se não tiver a gravilha nova", afirmou. "Mas isso é o procedimento habitual em todos os sítios. O que é importante é não o tirar do contexto ", adiantou.
O responsável pela DORNA afirmou que em todos os circuitos, todos os anos, há medidas que são ditadas e o promotor tem que cumprir. "Neste caso é mudar a gravilha, mas não é para acentuar como se não se fosse fazer, isso foi uma interpretação do jornalista sobre o que se disse na comissão de segurança", afirmou Carmelo Ezpeleta.