O Milan, Nápoles e Lazio são alguns dos 35 clubes de futebol envolvidos na operação "Fuorigioco" (fora-de- jogo).
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A polícia italiana apreendeu uma série de bens de jogadores, agentes, e executivos de 35 clubes de futebol das duas principais divisões de Itália, envolvidos na operação "Fuorigioco" (fora-de- jogo), levada a cabo pela Procuradoria de Nápoles.
As autoridades apreenderam dinheiro, ações, e propriedades, num valor superior a 12 milhões de euros, de 58 pessoas visadas nesta operação, onde está a ser investigada uma alegada fuga ao fisco, afirmou o procurador Vincenzo Piscitelli.
O procurador não citou clubes ou nomes e, em Itália, estar sob investigação não significa que estas pessoas e entidades venham a ser acusadas. Mas, de acordo com fontes judiciais, a antiga estrela argentina, Hernán Crespo, os presidentes do Nápoles e da Lazio, Aurelio De Laurentiis e Claudio Lotito, e ainda Adriano Galliani, presidente executivo do Milan, poderão estar envolvidos.
Segundo Vincenzo Piscitelli, o esquema fraudulento consistia no facto de "os agentes futebolísticos faturarem valores fictícios apenas para os clubes de futebol pelos serviços prestados, fingindo que a sua atividade como intermediários era para o interesse exclusivo do clube, quando na verdade eram os interesses dos jogadores que representavam que estavam a ser protegidos".
Foi ainda explicado que também alguns agentes argentinos criaram empresas falsas em paraísos fiscais para evitar o pagamento de impostos em Itália e na Argentina.