Responsável portista abordou o lance com Nanu, que defende tratar-se como caso para grande penalidade, e defendeu que há "dualidade de critérios" na arbitragem portuguesa.
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O vice-presidente e antigo guarda redes do FC Porto, Vítor Baía, deu esta sexta-feira conta de que o estado de espírito no clube é de "revolta" devido ao que diz ser uma "dualidade de critérios nos aspetos disciplinares e ao comportamento dos árbitros ao longo desta temporada".
Numa entrevista publicada no site do clube, o responsável portista abordou o lance entre Nanu e Kritciuk - que obrigou à observação hospitalar do jogador azul e branco - para declarar, como já tinha feito Sérgio Conceição, que não tem "dúvidas absolutamente nenhumas de que era penálti".
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"Se eu fosse agora referir os penáltis que já foram marcados este ano por contactos entre guarda-redes e avançados, então aí ficavam todos corados de vergonha por não ter sido marcado penálti no jogo de ontem", acrescenta Baía.
Como guarda-redes, Vítor Baía explica ainda que, no lance em questão, Kritciuk, como os outros guardiões, protegeu-se. "A nossa proteção, enquanto guarda-redes, são os braços, os cotovelos, as mãos. E o que é nós fazemos? Colocamos à frente aquilo que nos protege. Tanto é que o Nanu foi para o hospital e o Kritciuk ficou em campo. Se eu num choque violento tenho os braços à frente da minha cabeça, naturalmente que isso amortece e provoca o choque. Agora, os cotovelos estão lá, os punhos estão lá, e foi aí que se deu a lesão do Nanu."
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O antigo internacional português defende que os árbitros portugueses têm demonstrado alguma dualidade de critérios quanto à marcação de faltas contra jogadores portistas e individualiza mesmo com alguns exemplos: "Temos o Taremi, que agora para lhe marcarem um penálti já custa bastante, e já o querem denominar como piscineiro, que é uma coisa que nós abominamos. Temos o Marega que por ser forte fisicamente as faltas não contam. Temos o Corona que é autenticamente alvo de caça ao homem. Se vocês vissem como é que está a parte física do Corona quando acaba os jogos, vocês ficavam loucos com aquilo a que nós assistimos no balneário."