Trubin deixou passar o empate, Ricardo Batista levou-o para casa. Benfica e Casa Pia dividem pontos
Veja os golos. João Mário marcou para as águias na primeira parte, Larrazabal conquistou o empate aos 81'.
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Benfica e Casa Pia não foram além de um empate a um golo, este sábado, num jogo em que depois de defender uma grande penalidade, Trubin ficou mal na fotografia ao deixar entrar o remate com que Larrazabal conquistou um ponto para os gansos na Luz. O Benfica tinha chegado à vantagem na primeira parte, por João Mário, mas deixou-se empatar num jogo em que, nos últimos cinco minutos, viu o guarda-redes visitante Ricardo Batista defender tudo o que podia e os postes e a trave fazerem o resto do trabalho necessário.
Com este resultado, o Benfica soma 22 pontos e iguala o Sporting no topo da tabela classificativa do campeonato, ficando à espera do que os leões façam na próxima segunda-feira frente ao Boavista, mas também do resultado do FC Porto, este domingo, em Vizela: se vencerem, os dragões alcançam o Benfica. Já o Casa Pia chega aos dez pontos e está no décimo lugar.
Florentino surgiu esta tarde como surpresa no onze escolhido por Roger Schmidt, que se viu privado de Kökçü - nem sequer esteve no banco - por razões físicas. O mesmo se aplicou a Bah, o que obrigou Aursnes a voltar a ser lateral direito. Já o ponta de lança Musa está a recuperar de uma amigdalite e viu Arthur Cabral ocupar-lhe o lugar na frente de ataque encarnada.
A primeira grande oportunidade de golo na Luz acabou por pertencer aos visitantes quando Leonardo Lelo, o ala esquerdo, se aventurou na grande área do Benfica. Recuperou a bola, deu-a a Soma e disparou para a zona do poste esquerdo da baliza de Trubin: o japonês viu-o, tirou o cruzamento e Lelo, sem qualquer tipo de marcação, cabeceou pouco por cima da trave. Isto tudo, já em cima dos 20 minutos de jogo, dado que até aí pouco houve para contar.
A resposta não se fez esperar. Depois de um livre lateral batido por João Neves que foi mal resolvido pela defesa do Casa Pia, a bola pingou das alturas para o pé direito de Arthur Cabral. Quase na horizontal, o brasileiro rematou tenso para defesa de Ricardo Batista e Soma, na dobra, resolveu o perigo.
A ameaça seguinte foi de Neres, já aos 33', quando apareceu nas costas de Zolotic, mas o Casa Pia ia absovendo sem aparente dificuldade a pouca pressão criada pelo Benfica junto da sua baliza. Além disso, ainda saía a jogar pela velocidade de Soma, mas faltava depois mais critério no último passe, como demonstrou Pablo na jogada imediatamente anterior à de Neres.
Foi preciso que alguém tivesse mais cabeça tanto de um lado como do outro, e quem a teve foi o pensador do jogo do Benfica, João Mário. O médio português surgiu descaído pela direita para receber um passe de Aursnes à entrada da grande área, fez a receção na passada e, com a bola a subir, soltou um remate em vólei que foi entrar no canto superior da baliza de Ricardo Batista. A Luz ia para o intervalo em festa.
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Ora, parecia que a festa ia durar pouco mais do que os 15 minutos da pausa, porque aos 51' já Florentino cometia um penálti sobre Jajá, que entrou na grande área do Benfica pelo corredor direito. Felippe assumiu a marcação, mas não bateu Trubin: voou para a sua esquerda, negou o golo e reforçou os festejos.
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Já a festa seguinte foi cancelada. António Silva, aos 62', desmarcou-se na grande área do Casa Pia e desviou de cabeça e para o fundo da baliza um cruzamento a partir da esquerda, mas o VAR apanhou-o em fora de jogo.
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Era mais um sinal de que a segunda parte corria melhor ao Benfica. O Casa Pia tinha perdido as saídas em velocidade em que foi apostando ao longo dos primeiros 45 minutos e Schmidt ia gerindo, a partir do banco, a margem mínima. Primeiro lançou Jurásek e Di María para os lugares de Bernat e Neres, depois tirou Arthur Cabral do campo - saiu sob um misto de assobios e aplausos - para lançar Tengstedt. Do lado do Casa Pia, a opção foi por fazer sair Neto para lançar Beni, uma substituição ofensiva.
Aposta ganha. O mesmo Beni lançou em profundidade o espanhol Larrazabal nas costas de Jurásek e este, sem perder a direção da baliza, avançou até à linha de fundo, de onde fez o remate possível.
Trubin, que estava a fazer a chamada mancha junto ao poste, deixou a bola passar-lhe entre as pernas, ainda a desviou para a baliza e, quando se virou, já ela estava aninhada nas redes e a valer o empate. O ucraniano fica com culpas no lance.
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O Benfica instalou-se no meio-campo do Casa Pia e quase foi feliz quando, aos 85', Jurásek descobriu Florentino a aparecer nas costas da defesa do Casa Pia numa jogada muito semelhante à que levou ao golo anulado a António Silva, mas com uma diferença crucial: o cabeceamento do médio português foi à trave e a bola ressaltou para fora da baliza. Ricardo Batista, com um golpe de rins, foi agarrá-la.
Filipe Martins aproveitou para esgotar as substituições lançando Clayton e Tiago Dias primeiro e Geraldes e Samuel Justo depois, enquanto Schmidt apostou na velocidade de Guedes, abdicando de Florentino, e em Chiquinho para o lugar de João Mário. Quem não mexia nem tremia era Ricardo Batista, que primeiro defendeu um cabeceamento de Tengstedt e, no seguimento da mesma jogada, um remate cruzado de João Neves, ambos no limite da pequena área.
Já nos descontos foi novamente António Silva quem ameaçou o golo, mas cabeceou ao poste no seguimento de um pontapé de canto e não se viram mais golos na Luz.
Onze do Benfica: Trubin, Aursnes, António Silva, Otamendi, Bernat, Florentino, João Neves, João Mário, Neres, Rafa e Arthur Cabral
Onze do Casa Pia: Ricardo Batista, Fernando, João Nunes, Zolotic, Lelo, Neto, Soma, Felippe, Larrazabal, Jajá e Pablo Roberto
O jogo foi arbitrado por Cláudio Pereira, auxiliado por Tiago Costa e Sérgio Jesus. O VAR foi João Pinheiro e o AVAR Luciano Maia.
Suplentes do Benfica: Samuel Soares, Morato, Di María, Jurásek, Guedes, Tengstedt, Chiquinho, Tomás Araújo e Tiago Gouveia
Suplentes do Casa Pia: Lucas Paes, Tchamba, Beni, Geraldes, Telasco, Serobyan, Tiago Dias, Samuel Justo e Clayton