Benfica denuncia alegada «campanha de insinuações e mentiras» lançada pelo FC Porto
O diretor de comunicação do Benfica, João Gabriel, insurgiu-se hoje contra uma alegada «campanha de insinuações e mentiras» lançada por «alguém que pretendia retirar dividendos do clima de intimidação criado», numa referência ao FC Porto.
Corpo do artigo
«A liderança de hoje resulta do trabalho, do empenho e do talento de muita gente dentro deste clube. Ninguém deu nada ao Benfica», acentuou o diretor de comunicação dos encarnados, numa declaração aos jornalistas no Estádio da Luz, em Lisboa.
Sem nunca referir o nome do presidente do FC Porto, o responsável benfiquista não poupou adjetivos para qualificar Pinto da Costa.
«Convém recordar a essa virgem ofendida, que vive no paraíso com um grande ataque de amnésia do seu passado, que só há uma equipa na I Liga que à 27.ª jornada não sofreu um único penálti contra, o que, aliás, deve ser um caso único na Europa. Essa equipa é o FC Porto», recordou.
João Gabriel recorreu às imagens para apontar «seis casos» de penáltis contra o FC Porto não assinalados, o último dos quais na partida do passado sábado com o Vitória de Setúbal.
Além dos «penáltis que ficaram por marcar» nos jogos da I Liga, o diretor de comunicação benfiquista lembrou o golo fora de jogo com que os azuis e brancos venceram o Málaga no jogo da primeira mão da Liga dos Campeões e outros casos, sempre ilustrados com imagens.
Da mesma forma, e mesmo sem responsabilizar o Sporting, sustentou que o segundo tento dos leões contra o Nacional no domingo foi também alcançado em posição irregular.
Gabriel salientou, por outro lado, que o Benfica fez 19 controlos antidoping em 50 jogos efetuados, o que representa uma média de cerca de 40 por cento.
E recorrendo ao tema da convocatória - «um líder com mérito» - concluiu que a «campanha de insinuações e mentiras» terminou hoje, um dia depois de as águias terem batido o Marítimo por 2-1 no Funchal, dando um passo importante para a conquista do título de campeão nacional de futebol.
«Termina hoje a mais baixa, insidiosa, abjeta, fraudulenta e imoral que eu me lembro de ter existido, desde que cheguei ao Benfica há cinco anos», sustentou, a menos de 15 dias do clássico no Dragão contra o FC Porto, na 29.ª e penúltima jornada.
Para João Gabriel, a campanha foi «promovida por alguém que esperava retirar dividendos do clima de intimidação que foi criado, alguém que em qualquer país da Europa seria caso e exemplo de estudo em qualquer faculdade de direito, sobretudo nas cadeiras de direito penal, mas não em Portugal, onde continua a ser recebido na Assembleia da República e alguns jornalistas continuam a exultar o seu currículo».
«Falta referir que grande parte desse currículo, porventura a maioria, devia ser apresentado como cadastro e não como currículo», concluiu o diretor de comunicação do Benfica, numa referência a Pinto da Costa, não deixando de criticar o que considera ser a «colaboração de alguns jornalistas e órgãos de comunicação social».