Os "encarnados" venceram, esta noite o Nacional por 4-1, em encontro da 18ª jornada da Liga, colocando-se, provisoriamente, com mais oito pontos do que o FC Porto.
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Em vésperas de defrontar o Zenit, para a Liga dos Campeões, o Benfica deu uma demonstração de poder, pela dinâmica que impôs ao jogo desde o primeiro minuto, exibindo frescura física, velocidade, automatismos, improvisação e soluções ofensivas para todos os gostos, que proporcionaram lances de futebol de grande espectacularidade e qualidade.
Jorge Jesus apostou em Gaitán e Nolito nas alas, e Rodrigo e Cardozo no eixo do ataque, tendo sido o espanhol uma unidade mais móvel e com liberdade para cair sobre as faixas laterais ou para recuar e romper de trás para a frente, criando desequilíbrios por essa via.
A verdade é que o Nacional, apesar da sua boa organização defensiva, foi impotente para suster a ofensiva dos "encarnados", sobretudo numa fase em que Nico Gaitán e Rodrigo revelaram estar num grande momento de forma.
O argentino, que atravessou um período menos bom, está de novo ao seu melhor nível, enquanto o espanhol se afirma a cada jogo que passa como um avançado de categoria mundial, acompanhados de perto por Nolito e Aimar, e de mais longe por um Cardozo que, desta vez, até nem revelou a eficácia do costume, caso contrário o Nacional teria saído da Luz com uma derrota bem mais pesada.
O Benfica, que jogou com Witsel adaptado a lateral direito face à ausência de Maxi Pereira, e com Matic "a fazer" de Javi Garcia, chegou cedo ao golo, aos nove minutos, por Garay, de cabeça, na sequência de um livre de Aimar, um dos muitos pontos fortes da equipa.
Quando Gaitán, ao minuto 21, numa mudança de velocidade que deixou pregados três adversários e ofereceu a Cardozo o segundo golo, já o Benfica desperdiçara duas grandes ocasiões, aos 12 e 15 minutos, a primeira sustida por uma grande defesa de Marcelo e a segunda pelo poste.
O Nacional lá ia resistindo como podia, encolhido no último terço do campo, sem conseguir dar profundidade ofensiva às suas saídas, mas aos 29 minutos caiu-lhe um penálti do céu e reduziu a diferença para 2-1, resultado que não espelhava a supremacia total do Benfica.
Dez minutos depois, Rodrigo repôs a diferença de dois golos e ainda antes do intervalo o Benfica podia ter chegado ao quarto, numa magnífica jogada entre Nolito, Gaitán e Aimar, travada por uma grande defesa de Marcelo.
Na segunda parte, o Nacional entrou mais atrevido, Pedro Caixinha abriu a frente de ataque com a entrada de Candeias, a equipa ganhou alguma profundidade no ataque, mas o Benfica, a um ritmo mais baixo do que o da primeira meia hora, continuou a dar espectáculo e a criar oportunidades.
Só marcou um golo, por Rodrigo, aos 62 minutos, mas criou ocasiões para alcançar um resultado mais volumoso, não fosse a falta de eficácia na finalização, que contaminou o próprio Cardozo, que falhou um penalti aos 81 minutos.
Equipas:
- Benfica: Artur, Axel Witsel, Luisão, Garay, Emerson, Matic, Gaitan (Bruno César, 80), Aimar (Miguel Vítor, 59), Nolito, Rodrigo (Nélson Oliveira, 75) e Cardozo.
Suplentes: Eduardo, Bruno César, Nélson Oliveira, Miguel Vítor, Saviola, André Almeida e Capdevila
- Nacional: Marcelo, Claudemir, Neto, Danielson, Marçal, Todorovic (Juliano, 46), Elizeu, Diego Barcellos, Skolnik (Candeias, 46), Olivier (Mateus, 59) e Keita.
Suplentes: Igor, Mateus, Candeias, Juliano, Márcio Madeira, Pecnik e Mayko
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Todorovic (15), Axel Witsel (51), Claudemir (57), Diego Barcellos (65), Neto (78), Danielson (80) e Candeias (85).