Benfica na Champions. Hélder Lopes defrontou o Maccabi Haifa no fim de semana e sabe o que valem os israelitas
Hélder Lopes já defrontou o primeiro adversário do Benfica na Liga dos Campeões em duas ocasiões esta temporada. No sábado, o Maccabi venceu no terreno do rival, Beer Sheva, num jogo em que voltou a provar a apetência pelos golos. Que o digam Olympiakos, Apollon Limassol e Estrela Vermelha.
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Hélder Lopes, jogador português do Hapoel Beer Sheva, garante que o Maccabi Haifa vai tentar jogar na Luz como faz na liga israelita. Os quatro golos marcados em Atenas diante do Olympiacos no playoff de qualificação são um cartão de visita do primeiro adversário do Benfica na fase de grupos da Liga dos Campeões, campeão israelita em título.
"Tive a oportunidade de jogar várias vezes com o Maccabi Haifa", explica Hélder Lopes. "É uma equipa que gosta de ter bola, de controlar o jogo. São muito perigosos do meio campo para a frente". No último fim de semana, Hélder Lopes defrontou o clube de Haifa num duelo entre equipas que concorrem pelo título (1-2 para o Maccabi Haifa). "Ainda assim, o Benfica pode aproveitar os espaços que deixam atrás. O Maccabi envolve muitos jogadores na linha ofensiva, deixando sempre muitos espaços atrás".
A organização da equipa muda com a posse de bola. "Jogam com uma linha de quatro defesas, mas o lateral esquerdo tem mais liberdade para jogar em todo o corredor esquerdo, dá muita profundidade. Enquanto isso, o lateral-direito fica mais atrás - um jogador sueco -, ficando com uma linha de três", explica o defesa português de 33 anos.
"A frente de ataque é o ponto forte do Maccabi Haifa. Tem jogadores fortes no um para um, rápidos que decidem bem. Tanto Fratdzdy Pierrot, o avançado, tal como os dois extremos, Omer Hatzili e Dolev Haziza. Atrás surge muito bem Tjaronn Chery, que liga o jogo como número "10", a quem o Benfica terá de ter muita atenção", nota o jogador.
Sobre a vitória por 0-4 no terreno do Olympiakos que ditou o acesso a esta fase de grupos, Hélder Lopes viu o jogo, e notou na equipa de Haifa aquilo que havia visto ao longo da primeira temporada em Israel. "Só surpreendeu quem não conhece o Maccabi Haifa. É uma equipa que já joga junta há muito tempo. Acredito que não vão abdicar do princípio do jogo quem têm, mesmo estando a jogar fora com o Benfica. Uma formação ofensiva, com posse de bola a partir de trás. Mesmo sabendo que o Benfica joga em casa e é claramente favorito"
Ambiente quente em Israel
"As três equipas grandes enchem completamente o estádio. Quando o Benfica vier a Israel vai encontrar um ambiente com 30 ou 35 mil adeptos. E são adeptos muito emotivos. Se eu vinha de um ambiente na Grécia onde estava habituado ao entusiasmo do público, aqui encontrei também ambientes muito quentes", explica o antigo jogador de AEK Atenas e Paços de Ferreira.
"Foi para mim uma grande surpresa a qualidade do futebol israelita. A verdade é que o campeonato está a evoluir a cada ano, com as equipas a investir cada vez mais. Este ano há três candidatos ao título: o Maccabi Tel-Aviv, o Maccabi Haifa e o Hapoel Beer Sheva. Na temporada passada lutamos pelo título até final, ganhamos a taça de Israel, este ano conquistamos a Supertaça [contra o Maccabi Haifa] e conseguimos estar na fase de grupos da Liga Conferência. Estamos em todas as frentes".