Benfica e Belenenses empataram 1-1 em jogo da sexta jornada da I Liga, em que os "encarnados" cederam os primeiros pontos no Estádio da Luz.
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Depois do triunfo na jornada passada diante do Marítimo (1-0), o Belenenses, privado do médio criativo Miguel Rosa, que se encontra a recuperar de uma lesão na coxa direita, conquistou um precioso ponto na luta pela manutenção, somando agora quatro, os mesmos do que o Paços de Ferreira, que hoje venceu o Marítimo, na Madeira, por 4-3.
Sem o treinador Mitchell Van der Gaag no banco de suplentes, que suspendeu a atividade por tempo indeterminado devido a problemas cardíacos, o Belenenses viu Marco Paulo garantir o lugar e a explanar o onze em "4x2x3x1", contra o habitual "4x1x3x2" do Benfica, que sofreu três alterações em relação aos últimos encontros.
Com os olhos postos na Liga dos Campeões, na quarta-feira com gauleses, o treinador Jorge Jesus deixou Siqueira a descansar e deu a titularidade a Bruno Cortez, que não jogava desde o dérbi com o Sporting, em Alvalade, para a 3.ª jornada da I Liga, a 31 de agosto (1-1), e Maxi Pereira para a ala direita. Na frente colocou o avançado brasileiro Lima a dar apoio a Cardozo.
Foi precisamente esta dupla atacante que abriu marcador à passagem do minuto 17. Lima, descaído para o lado esquerdo, depois de receber a bola de Enzo Perez, cruzou para o avançado paraguaio cabecear para o 1-0, não sem antes a bola bater na trave e "trair" o guarda-redes Matt Jones.
A tomar conta do jogo, o Benfica deixou-se surpreender num lance de bola parada. Curiosamente uma arma muitas vezes utilizada pelos "encarnados". Na sequência de um pontapé de canto, cobrado por Tiago Silva, o maliano Diakité saltou mais alto que Fejsa e restabeleceu a igualdade, aos 30 minutos.
Só no início do segundo tempo e depois da entrada de Nico Gaitan, para o lugar de Markovic, o Benfica ganhou alguma velocidade no flanco esquerdo, contudo o Belenenses, que tinha acertado posições e encurtado espaços no relvado, com a subida do bloco defensivo, foi conseguindo controlar as ações encarnadas e, a espaços, apostou no contra-ataque, como forma de surpreender os "encarnados".
Para isso, contava com as iniciativas de Fredy e João Pedro, cujos passes tinham invariavelmente um destinatário: Fábio Sturgeon. Apesar de jovem, este possante avançado luso-britânico foi criando algumas dificuldades a Luisão e Garay, mas acabou por ser substituído por Diawara, aos 65 minutos.
Antes disso, por muito pouco Cardozo não recolocou o Benfica a vencer, após cruzamento de Maxi Pereira. O paraguaio, já em desequilíbrio, de cabeça, atirou a bola ligeiramente por cima da baliza da formação do Restelo.
Apesar deste sinal, o Benfica não conseguiu reacender a chama, talvez por culpa da forte chuva que se fez sentir no Estádio da Luz, e deixou-se manietar pelo Belenenses, que procurou a todo o custo queimar tempo. Estratégia que lhe valeu o empate, mesmo depois dos seis minutos de compensação dados pelo árbitro aveirense Jorge Tavares.
Sob a arbitragem de Jorge Tavares, as equipas alinharam do seguinte modo no Estádio da Luz:
Benfica: Artur, Maxi Pereira, Luisão, Garay, Cortez, Enzo Pérez, Fejsa, Matic (Suljemani, 64), Markovic (Gaitán, 46), Lima (Rodrigo, 80) e Cardozo.
Suplentes: Paulo Lopes, Suljemani, Djuricic, Rodrigo, Gaitán, André Gomes e Jardel.
Belenenses: Matt Jones, Duarte, João Meira, João Afonso, Filipe Ferreira, Diakité, Danielsson, Tiago Silva (Eggert Jonson, 82), Fredy (Arsénio, 71), João Pedro e Sturgeom (Diawara, 65).
Suplentes: Rafael Veloso, Kay, Arsénio, Tiago Caeiro, Eggert Jonsson, Diawara e Paulo Jorge.
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Matic (57), Tiago Silva (76), Matt Jones (78), Diawara (90+4), Fejsa (90+5) e Arsénio (90+6).