Em entrevista a um site, o presidente da FIFA recordou, no entanto, que o futebol tornou-se um «desporto mundial seguido por milhões de adeptos em todo o mundo».
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O presidente da FIFA admitiu que a atribuição do Mundial 2022 ao Qatar poderá ter sido um «erro», muito embora tenha lembrado que «é preciso considerar as realidades políticas e geopolíticas».
Em entrevista ao site insideworldfootball.com, Joseph Blatter recordou que o «Mundial é o maior, senão o único, evento global».
«Quem somos nós, os europeus, para exigir que este evento tem apenas de atender às necessidades acima de tudo de 800 milhões de europeus?», perguntou.
Para Blatter, «é mais do que tempo de a Europa começar a perceber começar a aperceber que não podemos mandar mais no mundo e que alguns dos antigos poderes imperiais europeus não podem impor a sua vontade noutros em lugares longínquos».
«Temos de aceitar que o futebol deixou de ser um desporto europeu ou sul-americano, tendo tornado-se um desporto mundial seguido por milhões de adeptos em todo o mundo», adiantou.
Questionado sobre as consequências que existirão por este mundial se vir a realizar no inverno, como Blatter propôs, o presidente da FIFA diz que os «próximos passos serão olhar com atenção para o calendário internacional».
«Naturalmente precisamos de falar e consultar todas as partes», concluiu o presidente da FIFA, que propõe que a competição não se realize no verão, o que certamente causará dificuldades à realização de vários campeonatos europeus.