Genyca de líder e um calcanhar daqueles. Sporting vence no Bessa e isola-se no topo do campeonato
Leões chegam aos 25 pontos e lideram o campeonato isolados à nona jornada após golos de Geny e de Pote.
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Foi preciso um susto para o Sporting decidir o jogo no Bessa, mas os leões saem mesmo de casa do Boavista na liderança do campeonato depois de uma partida em que chegaram a temer o empate. Geny Catamo entrou a todo o gás e tanto mexeu que marcou, mas só aos 85', e já depois de Bozenik ter feito o que todos pensavam ser o empate - estava em fora de jogo - é que os leões feriram de morte a pantera: cortesia do calcanhar de Pote.
Com este resultado, os leões somam 25 pontos e isolam-se no primeiro lugar com mais três do que Benfica e FC Porto. O Boavista é sexto, com 15.
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Rúben Amorim apostou na titularidade de Geny Catamo do lado direito da defesa, relegando Esgaio para o banco, e devolveu a baliza ao espanhol Adán, que tinha ficado no banco a semana da semana, frente ao Raków. Aos dez minutos, o treinador dos leões já tinha visto Pote ficar perto do golo quando bateu um livre direto rasteiro e tenso que o guarda-redes João Gonçalves foi buscar à gaveta, mas também a ameaça de Geny Catamo, que puxou da direita para dentro e rematou à malha lateral, embora muitos tenham gritado golo pela ilusão de ótica.
Os da casa, que já tinham tentado a sorte por Salvador Agra também dentro dos primeiros dez minutos, só montaram uma resposta apoiada já aos 16', quando Tiago Morais desmarcou Bozenik e o eslovaco, descaído para a esquerda, atirou com pressa muito ao lado da baliza. Apesar de não ter dado em golo, a jogada lá soltou o Boavista, que foi equilibrando o jogo e, com calma, começando a trocar a bola e a convidar o Sporting a pressionar.
Convidando essa pressão, convidou também o perigo e bem o sentiu mesmo em cima da meia hora de jogo. Edwards soltou-se pela direita, viu Pote a fazer uma diagonal a partir da esquerda e, com um passe picado, isolou o português. Dentro da grande área, quis finalizar de primeira, mas acabou por rematar por cima da baliza de João Gonçalves. Foi o ensaio geral para o golo do Sporting.
Matheus Reis apareceu bem aberto na esquerda depois de uma triangulação à entrada da grande área, cruzou para o segundo poste e lá apareceu Geny Catamo sozinho a encostar para o 1-0 e levar o Sporting a vencer para o intervalo.
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Os da casa quiseram entrar na segunda parte a mostrar muita vontade de responder à desvantagem mínima, mas as ganas eram tantas que tiraram a concentração a Abascal num momento que podia ter sido letal. O defesa uruguaio perdeu a bola, Edwards isolou-se e, por culpa única e exclusivamente própria, desperdiçou.
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Sem criar muito mais, Rúben Amorim mexeu na defesa para lançar St. Juste, que rendeu Coates - o uruguaio saiu cansado - e reorganizou-a, tornando Diomande no central do meio, e alinhando o neerlandês na meia direita. Do lado do Boavista, Petit, que já tinha lançado Bruno Lourenço para o lugar de Tiago Morais, lançou Berna para abidcar do mais uma vez incansável Makouta.
Nem cinco minutos depois, Amorim mexia outra vez para tirar Edwards e Matheus Reis e lançar Esgaio - subindo Geny - e Nuno Santos, que é como quem diz, refrescar as alas. Petit fez parecido: tirou Filipe Ferreira e lançou Luís Santos na ala esquerda, mas também mexeu no ataque ao fazer sair Masa para lançar o jovem avançado Martim Tavares. Acabou por ser um ponta de lança que já lá andava desde o início quem fez a diferença.
Numa jogada que começou na defesa do Boavista, Chidozie descobriu Bruno Lourenço entre linhas no corredor direito e este, de pé esquerdo, cruzou para o coração da grande área, onde Bozeník finalizou para o que seria o empate. Fez-se a festa no Bessa, houve música, houve celebrações, mas no fim não valeu: o VAR descobriu um fora de jogo do eslovaco.
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Soaram, e de que maneira, os alarmes para o Sporting. Tanto que Pote - que estava a fazer um jogo discreto - correu, correu, correu e só parou quando decidiu. Primeiro, lançado na profundidade, rematou ao poste já deitado no relvado depois de uma jogada dividida na grande área axadrezada. Depois, no seguimento do mesmo lance, Gyökeres insistiu à esquerda, lançou Esgaio para a linha de fundo e este cruzou para a boca da baliza, onde o mesmo Pote surgiu a finalizar de calcanhar para o 2-0.
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E Rúben Amorim ainda acelerou. Lançou Paulinho e Trincão para os lugares de Gyökeres e Catamo e ofereceu à defesa do Boavista um fim de jogo contra dois avançados fresquinhos. Nenhum dos dois ficou muito longe de marcar, já o Boavista acabou vencido pelo cansaço.
Onze do Boavista: João Gonçalves, Abascal, Chidozie, Filipe Ferreira, Masa, Makouta, Seba Perez, Salvador, Reisinho, Bozeník e Morais
Onze do Sporting: Adán, Geny Catamo, Diomande, Coates, Gonçalo Inácio, Matheus Reis, Morita, Hjulmand, Pote, Edwards e Gyökeres
O árbitro da partida foi Nuno Almeida, assistido por André Campos e Francisco Pereira. O VAR foi Rui Costa e o AVAR João Bessa Silva.
Suplentes do Boavista: Luís Pires, Bruno Lourenço, Dos Santos, Joel Silva, Vukotic, Sasso, De Santis, Martim Tavares e Berna
Suplentes do Sporting: Israel, St. Juste, Nuno Santos, Neto, Essugo, Trincão, Paulinho, Daniel Bragança e Esgaio