Brasil já competiu nesta modalidade em 2002, 2006 e 2014. Na primeira vez eram amadores, na segunda caíram e foram desclassificados, na terceira ficaram em 28.º devido aos equipamentos obsoletos.
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Na grande competição mundial que se realiza no próximo ano, a seleção do Brasil quer ganhar. Ou, pelo menos, ficar entre os primeiros. Não, não se trata da seleção brasileira de futebol que, obviamente, por tradição luta sempre pelo lugar mais alto do pódio, nem do Mundial da Rússia de junho de 2018.
A prova para que o Brasil parte com boas expectativas são os Jogos Olímpicos de Inverno, em PeyongChang, na Coreia do Sul, e a modalidade em causa é o bobsleigh, aquele desporto em que um trenó, com duas ou mais pessoas, faz descidas cronometradas a alta velocidade.
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Apesar de morarem num país tropical, Rafael, Odirlei, Edson Martins e Edson Bindilatti dedicam-se de corpo e alma a um desporto que requer temperaturas abaixo de zero. E sonham alto, graças ao investimento da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo, que investiu num trenó novinho e na construção de uma nova pista, às duas treinadoras britânicas e a uma equipa dos EUA, de quem copiaram a coreografia para entrar no trenó.
O resto é esforço, diz Edson Bindilatti, que começou a carreira desportiva no atletismo mas pode chegar à glória olímpica via bobsleigh, desporto que mal conhecia na juventude. "A primeira vez que desci, a 150 km/h fui a rezar o tempo todo", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o piloto, que reconhece ainda hoje ter medo de andar de montanha russa e admite fugir de bungee jumpings.
No entanto, numa ótima posição para se apurarem via Copa América para os Jogos, os canarinhos garantem não ter medo da concorrência mais experimentada e apontam para um lugar entre os 10 primeiros. E um dia, quem sabe, como os colegas do futebol podem ser até penta campeões do mundo.