Veja os golos. A seleção nacional assegurou o primeiro lugar do Grupo J de apuramento para o Euro 2024.
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A seleção nacional de futebol masculino venceu esta segunda-feira a Bósnia por 5-0 e garantiu o primeiro lugar do grupo J de apuramento para o Euro 2024, mantendo o registo 100% vitorioso num jogo em que João Neves fez a estreia pelo escalão principal.
Um bis de Ronaldo e golos de Bruno Fernandes, João Cancelo e João Félix garantiram o triunfo da equipa lusa, que soma agora 24 pontos, mais oito do que a Eslováquia quando já só faltam disputar seis pontos. Os bósnios somam apenas nove pontos e estão no quinto e penúltimo lugar do agrupamento.
Com este triunfo, o selecionador Roberto Martínez alcançou o registo inédito de oito vitórias seguidas em jogos oficiais da equipa das quinas, superando o recorde de sete de Fernando Santos, obtido no caminho para o Euro 2016.
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Esta noite, ainda o ambiente aquecia em Zenica e já Portugal começava a festejar. Cristiano Ronaldo converteu aos quatro minutos uma grande penalidade em que rematou para o centro da baliza, enganando Sehic que voou para a sua direita.
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A seleção nacional chegou à Bósnia com a possibilidade de vencer esta noite o grupo, bastando para isso o empate, mas entrava com ar de quem se preparava para fazer mais do que isso. Félix foi uma das novidades no onze desta noite, ia surgindo na frente acompanhado de Otávio e foi entre os dois que, aos 17 minutos, quase se construiu o segundo golo da noite. A jogada desembocou em Dalot, que encontrou Bruno Fernandes ao segundo poste, falhando este um golo quase feito.
Quem não falhou logo a seguir foi novamente Cristiano Ronaldo. Viu-se isolado por João Félix nas costas da defesa da Bósnia e, perante Sehic, enganou-o de novo: desta vez, picou a bola para o 2-0.
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Abriam-se ainda mais as portas da defesa da Bósnia, escancaravam-se-lhe as costas. Novamente atrás de um dos centrais, desta vez foi Bruno Fernandes que apareceu já sem oposição que não a de Sehic. Uma vez mais, o guarda-redes pouco mais conseguiu fazer do que ver a bola entrar na baliza, desta vez para o 3-0. Ficou na retina o passe de Gonçalo Inácio, outra novidade no onze.
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Ora, já tinha marcado um avançado, já tinha marcado um médio, e porque não um defesa? Pois bem, foi uma questão de tempo. Portugal apareceu novamente nas costas da defesa da Bósnia e, desta vez, o cruzamento de Bruno Fernandes até traiu Ronaldo. O capitão falhou a bola, mas viu-a chegar à entrada da grande área, onde surgiu João Cancelo completamente sozinho a rematar ao ângulo superior da baliza.
Com isto, Bruno Fernandes somou a oitava assistência - entrou em campo com seis - nesta fase de qualificação, mais três do que Dumfries.
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A atacar como queria - e com muito poucos momentos defensivos dignos desse nome nesta primeira parte - Portugal chegou ao quinto golo por João Félix. O corredor da fortuna foi novamente o direito, desta vez Otávio a surgir por lá descaído. Cruzou rasteiro para Félix, que teve tempo de ensaiar a trivela e bater Sehic.
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A jogada ainda foi analisada pelo VAR para avaliar eventual fora de jogo de Otávio, mas dada a luz verde sem que o árbitro turco Halil Umut Meler tivesse de ir consultar as imagens, houve festejo. Isto para o lado português, claro, porque do lado bósnio, a perder por cinco ao intervalo, pouco mais havia a fazer do que ir batendo palmas para aquecer: estavam por aquela altura 7 ºC em Zenica.
A vencer por cinco, Roberto Martínez decidiu lançar o mesmo onze para a segunda parte, uma linha de pensamento que o técnico bósnio Savo Milošević não seguiu. Tirou Demirovic e Rahmanovic para lançar Gazibegovic e Hadziahmetovic e os homens da casa passavam a defender em 5-4-1.
Ora, durante pelo menos 15 minutos resolveu a questão, já que aos 60' Portugal ainda não tinha voltado a marcar, embora também tivesse tirado o pé do acelerador. Os centrais portugueses e Danilo iam trocando a bola entre si, de vez em quando lá saía um passe mais longo para um dos laterais, e Martínez foi começando a dança a partir do banco.
Os primeiros a serem chamados foram Pedro Neto e Diogo Jota, que entraram para os lugares de Cristiano Ronaldo e Rafael Leão. Do outro lado, o azar bateu à porta da Bósnia quando o guarda-redes Sehic pediu substituição ao ter de ser assistido. Vasilj rendeu-o e entrou acompanhado de Gojkovic, que foi ocupar o lugar de Barisic.
Entretanto, a Bósnia tinha aguentado mais 15 minutos e o jogo entrava já no quarto de hora final. Apesar da goleada sofrida em campo, isso pouco se notava nas bancadas, tal era a festa azul e amarela.
Martínez acabou por lançar para os últimos dez minutos Vitinha e Rúben Neves, que entraram para os lugares de Bruno Fernandes e João Félix. Confirmava-se cada vez mais que não só Portugal tinha abrandado - e muito - o ritmo, como a Bósnia estava a defender de forma muito mais compacta, menos espaço nas costas da defesa e entre a última linha e a do meio-campo. O ataque continuava a não ameaçar, mas Diogo Costa pelo menos já ia tocando na bola.
Quem também tocou na bola pela primeira vez ao serviço da seleção principal foi João Neves, que entrou com a camisola 5 - dentro dos calções - para o lugar de Otávio. Jogou quase oito minutos e ainda sofreu uma falta durinha.
Onze da Bósnia: Sehic, Dedic, Barisic, Hadzikadunic, Kolasinac, Pjanic, Cimirot, Stevanovic, Demirovic, Rahmanovic e Dzeko
Onze de Portugal: Diogo Costa, João Cancelo, Gonçalo Inácio, Rúben Dias, Diogo Dalot, Danilo, Bruno Fernandes, Otávio, João Félix, Rafael Leão, Cristiano Ronaldo
Suplentes da Bósnia: Vasilj, Piric; Gojkovic, Gazibegovic, Menalo, Prevljak, Varesanovic, Bilbija, Basic, Ziljkic, Hadziahmetovic e Hamulic
Suplentes de Portugal: Rui Patrício, José Sá; Nélson Semedo, António Silva, Rúben Neves, João Palhinha, João Neves, Vitinha, Bernardo Silva, Pedro Neto, Diogo Jota e Gonçalo Ramos