Paquetá e Marquinhos marcaram para o Brasil, mas golos de Diallo, um autogolo do mesmo Marquinhos e um bis de Sadio Mané deram a vitória à seleção africana.
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A seleção brasileira de futebol perdeu esta terça-feira, por 4-2, frente à congénere do Senegal, sendo incapaz de retribuir a festa canarinha nas bancadas do Estádio José Alvalade, em Lisboa, que viveu o encontro particular num grande ambiente.
Lucas Paquetá (11 minutos) e Marquinhos (58) apontaram os golos dos sul-americanos, mas Habib Diallo (22), um tento na própria baliza do central brasileiro (52) e um bis de Sadio Mané (55 e 90+6), o segundo de grande penalidade, deram o triunfo ao Senegal.
O verde das bancadas do Estádio José Alvalade foi, por um dia, transformado numa cor amarela das camisolas da seleção canarinha, pois a enorme comunidade brasileira em Lisboa não perdeu a oportunidade de apoiar a seleção, preenchendo o recinto leonino.
Sob o mote "Com racismo não tem jogo", uma campanha lançada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a digressão de jogos particulares, com a Guiné-Conacri, em Barcelona, e com o Senegal, em Lisboa, o jogo foi vivo e recheado de momentos.
O ambiente era de festa e o golo inaugural, aos 11 minutos, veio animar ainda mais as bancadas de Alvalade: Lucas Paquetá respondeu da melhor maneira ao fantástico cruzamento de Vinícius Júnior, com um passe perfeito.
Richarlison dispôs de soberana ocasião para, de seguida, dilatar o marcador, mas atirou ao lado na cara de Mory Diaw, tendo o Senegal restabelecido o empate aos 22 minutos, através de um remate forte de Habib Diallo, de primeira, em recarga a um cruzamento.
Até ao intervalo, o ritmo na partida foi acalmando, embora Sadio Mané tenha testado a atenção de Ederson, mas a segunda parte teve muitas mais incidências, com três golos no espaço de seis minutos, que favoreceram a equipa visitante, a colocar-se na frente.
Numa excelente jogada de contra-ataque, Sadio Mané executou um belo cruzamento a descobrir um colega de equipa, que procurou entregar a Ismaila Sarr em zona perigosa, mas Marquinhos, com uma antecipação infeliz, traiu Ederson e deu o golo ao Senegal.
Ainda os sul-americanos se estavam a recompor da reviravolta, já os africanos estavam a fazer o 3-1, no melhor momento da noite, protagonizado pelo inevitável Sadio Mané, com um espetacular golo ao ângulo da baliza de Ederson, que se esticou, sem sucesso.
Surpreendidos com os dois tentos quase consecutivos da formação de Aliou Cissé, os brasileiros conseguiram reduzir logo de seguida, aos 58, com o capitão Marquinhos a refazer-se do autogolo e a atirar, com alguma sorte, numa espécie de chapéu a Diaw.
O Brasil bem tentou procurar, pelo menos, a igualdade, com Ramon Menezes a mexer na equipa à procura de refrescar as investidas atacantes, mas esbarrou sempre na boa organização defensiva do Senegal, que ia ameaçando em transições ofensivas velozes.
Já em tempo de compensação, Ederson comete falta sobre o isolado Nicolas Jackson e 'oferece' a Sadio Mané um castigo máximo, com o avançado do Bayern de Munique a enganar o guarda-redes do Manchester City e a sentenciar o resultado final, em 4-2.