Buscas no Dragão: constituídos "mais de uma dezena" de arguidos e apreendidos "milhares de bilhetes" e dinheiro
As buscas iniciaram-se ao inicio da manhã para "dar cumprimento a vários mandados judiciais" e estão a ser feitas "com o apoio de diversas valências policiais"
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A PSP adiantou este domingo que foram aprendidos "vários milhares" de bilhetes para jogos e dinheiro nas buscas que decorrem na Porto Comercial e na loja do associado do Futebol Clube do Porto, tendo várias pessoas sido constituídas arguidas.
A PSP do Porto confirmou à TSF que estas buscas estão relacionadas com a Operação Pretoriano e ainda estão a decorrer.
"Neste momento temos mais de uma dezena de indivíduos constituídos arguidos e a apreensão de milhares de bilhetes e quantias monetárias ainda a apurar", afirmou a PSP em comunicado, sublinhando que, "em causa, está a suspeita de um esquema criminoso, relacionado com a distribuição e venda da bilhética associada ao Futebol Clube de Porto, envolvendo funcionários do clube e de vários elementos que integram um dos seus Grupos Organizados de Adeptos".
As autoridades referiram ainda que há fortes suspeitas de "abuso de confiança qualificado". Nesta operação denominada Bilhete Dourado, a PSP fez buscas a 14 casas nos concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos.
As buscas iniciaram-se ao inicio da manhã para "dar cumprimento a vários mandados judiciais" e estão a ser feitas "com o apoio de diversas valências policiais".
Em comunicado, direção do FC Porto deu conta que a Porto Comercial, sociedade pertencente ao universo empresarial do FC Porto, e a loja do associado do clube estão a ser alvo de buscas no Estádio do Dragão.
À Lusa, fonte da PSP revelou que estas diligências, que ainda decorrem, estão relacionadas com a Operação Pretoriano.
As buscas acontecem horas antes de o FC Porto, terceiro classificado da I Liga, com 66 pontos, receber o 'vizinho' Boavista, 14.º, com 31, a partir das 20:30, no dérbi portuense da 33.ª e penúltima ronda, sob arbitragem de Artur Soares Dias, da associação do Porto.
A Operação Pretoriano investiga os incidentes ocorridos na Assembleia Geral (AG) do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, sustentando o Ministério Público que a claque Super Dragões pretendeu "criar um clima de intimidação e medo", para que fosse aprovada a revisão estatutária "do interesse" da então direção 'azul e branca', liderada por Pinto da Costa.
Em 31 de janeiro deste ano, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, que continua em prisão preventiva, juntamente com Hugo Carneiro.
Notícia atualizada às 14h02
