Esta é a terceira medalha de Beatriz Fernandes no Mundial sub-23 e juniores de canoagem.
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A júnior Beatriz Fernandes conquistou a medalha de ouro na categoria C1 200 metros no Mundial sub-23 e juniores de canoagem, que termina este domingo em Szeged, na Hungria, alcançado a sua terceira medalha na competição.
A jovem atleta de 18 anos, filiada pelo Clube Náutico de Ponte de Lima, conquistou a sua primeira medalha de ouro em Campeonatos do Mundo, depois de vencer a final de C1 200 metros júnior, uma distância olímpica, com o tempo de 48,76 segundos, superiorizando-se à húngara Agnes Kiss, segunda com 49,05, e à cubana Mailienys Caldéron, terceira com 49,20.
À TSF, Beatriz Fernandes afirma que vencer era um sonho, mas sabia que ia ser difícil dado o nível dos adversários.
"Sinto-me muito feliz, foi algo para o qual trabalhei durante muito tempo e penso que tenha resultado. A preparação foi a mesma que fiz para o outro europeu, claro que as adversárias são sempre complicadas, estamos no mundial, onde as concorrentes estão ao mais alto nível", explica.
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Já o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, Vítor Félix, fala nos excelentes resultados alcançados nos juniores, com quatro medalhas, com destaque para Beatriz Fernandes.
"Mais uma excelente prestação desportiva da canoagem portuguesa, desta feita nos escalões de formação. Trata-se do campeonato do mundo júnior e sub-23 de velocidade, onde Portugal e a canoagem portuguesa voltam a conquistar excelentes resultados, neste caso quatro medalhas. É claro que o destaque vai todo para a Beatriz Fernandes, uma atleta de eleição, que já na categoria 'cadete' obtinha posições de pódio. O ano passado foi vice-campeã do mundo em Portugal e aqui, no seu segundo ano nesta categoria, acaba por ser campeã do mundo", diz, também em declarações à TSF.
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Para Vítor Félix, Beatriz Fernandes é uma súper atleta que permite sonhar com a garantia da renovação da canoagem portuguesa: "Ela com este campeonato acaba por ganhar a medalha de ouro nos 200 metros, a medalha de bronze nos 500 metros, ainda faz a medalha de prata na embarcação mista na C2 500 metros, juntamente com o Martim Azevedo, e além disso ainda foi quarta na distância de 500 metros. É uma súper atleta, o que nos permite sonhar."
Vítor Félix considera que caminhamos para o melhor ano da canoagem portuguesa a nível internacional, já com 21 medalhas na modalidade.
"O ano passado, ano olímpico depois da pandemia, a canoagem portuguesa alcançou 27 medalhas em competições internacionais. Este ano já vamos em 21 e ainda falta muitas competições internacionais na nossa modalidade, com destaques para o campeonato do mundo de maratona, que vai ser disputado em Portugal no final deste mês de setembro. Talvez caminhemos para o melhor ano da canoagem portuguesa a nível de resultados desportivos e internacionais e voltamos a bater na mesma tecla: é claro que com pouco continuamos a fazer muito, mas tenho a certeza que se o financiamento por parte da administração pública desportiva for maior, conseguimos fazer muito mais", acrescenta.
Beatriz Fernandes já tinha conseguido a medalha de bronze em C1 1.000 metros e a prata em C2 500 metros mistos, com Martim Azevedo, subindo agora ao lugar mais alto do pódio no Mundial.
Portugal já tinha alcançado também a prata no K2 500 metros júnior, uma distância olímpica, com Gustavo Gonçalves e Pedro Casinha a terminarem a final em segundo, atrás dos polacos Jakub Stepun e Bartosz Grabowski, que concluíram a distância com um tempo de 1.28,83 minutos, 32 centésimos mais rápidos do que os lusos.
Os quatro pódios já conseguidos configuram o melhor resultado nacional de sempre nestes campeonatos, depois de duas medalhas em 2009, 2013 e 2021.
Portugal apresenta-se nos mundiais sub-23 e júnior com um recorde de 21 canoístas, que garantiram o direito de participação após os bons resultados nos Europeus da Sérvia, com 16 tripulações nas regatas de pódio.
* Notícia atualizada às 14h26