O quatro vezes campeão olímpico do salto em comprimento, Carl Lewis, diz que os padrões da modalidalidade são dos mais baixos de sempre e descreveu como "patético" o desempenho do atual campeão mundial, Greg Rutherford.
Corpo do artigo
Em conversa com os repórteres à margem do encontro da seleção olímpica, em Los Angeles, Estados Unidos, Lewis fez uma avaliação pessimista do estado do salto em comprimento moderno, considerando-o como "um desporto moribundo".
O antigo saltador, com 54 anos de idade, reservou para a especialidade que o consagrou entre 1984 e 1996, com quatro medalhas olímpicas (ganhou nove, contando com outras modalidades), as mais duras palavras: "O salto em comprimento é o pior evento do mundo, é horrível, atualmente".
"Jesse Owens teria sido terceiro classificado nos últimos Jogos, em Londres, já que a sua melhor marca, conseguida há 80 anos, seria suficientemente boa para isso", disse Carl Lewis.
O norte-americano acusou os atletas de topo do salto em comprimento de não se empenharam o suficiente para ultrapassar um recorde já com 25 anos, conseguido por Mike Powel, em 1991, de 8,95 metros.
E deu o exemplo do britânico Greg Rutherford, que foi medalha de ouro em Londres2012, com a marca de 8,31 metros, abaixo do recorde do mundo: "Alguém quer ir ver saltar só isso?"
"Eles não sabem saltar e nem sequer o estão a tentar fazer melhor porque ganham medalhas, de qualquer forma", afirmou.
E acrescentou: "Eu e o Mike Powel saltávamos quase aos nove metros com regularidade. Mas esta geração? Rutherford? Peço desculpa, mas é patético"
"Estão a brincar comigo? Ele ganha, faz o seu melhor, mas não devia ganhar assim", concluiu.