Faz esta terça-feira um ano que o Estádio D. Afonso Henriques foi palco de um momento que correu todo o mundo. Marega, o avançado do FC Porto, foi alvo de racismo e abandonou o campo com 71 minutos de jogo. Passados 12 meses, ainda há processos pendentes.
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A Autoridade para a Prevenção e Combate da Violência no Desporto puniu o V. Guimarães com três jogos em casa à porta fechada, mas o clube minhoto recorreu da decisão, para o Tribunal da Relação de Guimarães, que também anulou a multa imposta a um adepto dos vimaranenses por ocultação de identidade.
O outro processo decorre com uma investigação da Polícia de Segurança Pública. A PSP acedeu às imagens de videovigilância do estádio, para tentar identificar os alegados autores dos insultos racistas.
Depois foi criado um processo-crime do Ministério Público "por atos de discriminação racial". Três adeptos do Vitória foram identificados e estão a ser julgados no Tribunal de Guimarães pelo crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência. O julgamento apenas arrancou no dia 25 de setembro, e ainda não chegou ao fim.
Nos órgãos de justiça do futebol profissional, com abertura de processos disciplinares, o jogador Marega foi desde logo absolvido. Mas, passado um ano, ainda não é conhecida qualquer decisão sobre o clube. Sabe a TSF que o processo em discussão, ainda se encontra na Comissão de Instrutores da Liga, e por isso ainda não chegou ao Conselho de Disciplina da FPF.
Decisões ainda por conhecer, depois de um episódio polémico que correu mundo e levantou um debate sobre o racismo no futebol português, com reações de diversos quadrantes, sociais e políticos. Todos exigiram justiça e medidas de prevenção.