A reunião do Conselho Leonino (CL) foi monopolizada pelo caso Paulo Pereira Cristóvão, com vários conselheiros a questionarem o vice-presidente, que tentou rebater as criticas.
Corpo do artigo
O caso Paulo Pereira Cristóvão esteve no centro das atenções. O próprio deu o pontapé de saída com uma intervenção prévia. Depois cerca de 20 conselheiros solicitaram os mais diversos esclarecimentos, a maior parte respondidos por Godinho Lopes.
Também Paulo Cristóvão procurou responder e rebater alguns dos conselheiros, cuja tónica geral das suas intervenções foi no sentido de exigir explicações pelo envolvimento do Sporting num caso que prejudica o bom nome e a imagem do clube.
No final, Daniel Sampaio, vice-presidente da Assembleia Geral, que presidiu aos trabalhos, garantiu que nunca os conselheiros falaram em querer ver Cristóvão fora do Sporting, salientando que o clube «tem o nome limpo».
Paulo Pereira Cristóvão, ex-inspetor da PJ, e outras duas pessoas foram constituídos arguidos no âmbito de uma investigação por denúncia caluniosa qualificada.
Na base da investigação está uma denúncia feita pelo Sporting à FPF, na sequência de uma alegada informação anónima segundo a qual alguém na Madeira tinha depositado dois mil euros em dinheiro na conta bancária do árbitro auxiliar José Cardinal, e que levou a federação a apresentar queixa às autoridades.
Segundo uma fonte da investigação, o depósito terá sido feito por uma pessoa que está ligada profissionalmente ao vice-presidente do Sporting Paulo Pereira Cristóvão e terá, alegadamente, atuado para impedir que o árbitro auxiliar fizesse parte da equipa de arbitragem no encontro da Taça entre o Sporting e o Marítimo.
Outros pontos da ordem dos trabalhos, que diziam respeito à contração de um empréstimo bancário e com diversas questões relacionadas com os estatutos e o regulamento eleitoral, nomeadamente a introdução do voto eletrónico em próximas eleições, mereceram o parecer positivo do CL, um órgão consultivo cuja reunião terminou cerca da 01:30.