Marco Silva admitiu hoje que a suspensão interna de Marcos Rojo e Islam Slimani, além de afastar da equipa «atletas fundamentais», afetou o resto do plantel na semana em que se inicia a I Liga de futebol.
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«Não foi uma semana fácil - não há que esconder isso. São casos que nunca é fácil de gerir, mas temos de estar preparados para isso. Afeta sempre um pouco: os jogadores não gostam, ninguém gosta e para mim, como líder desta equipa, também não é agradável», disse Marco Silva na conferência de imprensa de antevisão do jogo da jornada inaugural, no sábado, frente à Académica, em Coimbra.
O técnico "leonino" referiu que os processos disciplinares aplicados ao argentino Marcos Rojo e ao argelino Islam Slimani foram uma decisão do presidente do Sporting e não uma decisão técnica.
«São decisões do Sporting. Dois dias depois de isso acontecer estive a elogiar os jogadores e não vou dizer agora que são decisões minhas. Não teve nada a ver comigo. A conversa que existiu [com os jogadores] foi possivelmente com o presidente ou com alguém da direção», disse Marco Silva, referindo que são questões da direção do Sporting e não técnicas.
O Sporting joga no sábado com a Académica uma partida que o técnico classificou como «muito importante» e que a equipa terá de enfrentar sem um habitual titular no centro da defesa e outro no centro do ataque. Marco Silva já identificou quem jogará na frente, mas ainda está a escolher quem será o defesa central.
«Com a saída do Eric Dier e a questão do Rojo, não temos outra saída: ou joga o Paulo Oliveira ou o Nabil Saar», salientou Marco Silva, explicando que nenhum dos dois «parte em vantagem» e que decidirá na sexta-feira. Quanto ataque, será o colombiano Freddy Montero a substituir Slimani, com o japonês Tanaka como segundo homem para a "posição 9".
Numa conferência dominada pelo tema da suspensão de Rojo e Slimani, o treinador reiterou que ninguém no Sporting queria que tal acontecesse.
«Nem eu, nem os jogadores, nem o Sporting queria que isto acontecesse. Mas como equipa, como plantel, e eu como treinador, teremos de dar a resposta para conseguir os três pontos [em Coimbra]. (...) Eu, como líder, não gosto, o presidente de certeza que também não gosta, mas o mais importante é o Sporting e, no nosso caso, é o jogo de sábado», salientou.