
Para o guarda-redes Cech, «Portugal é um adversário particularmente forte». Mas assinalou também que «nem sempre os favoritos ganham».
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A sensação que os Checos têm é de que, como há 16 anos, voltam a não ser considerados favoritos perante...Portugal.
O guarda redes do Chelsea, Petr Cech já confessou que a equipa pretende combater esse estatuto, que também chegou a ter nos quartos de final do Euro 96, quando despontou a geração de ouro, com Rui Costa, Figo e companhia.
Depois de uma recuperação assinalável de uma goleada com a Rússia, os checos acabaram na frente do grupo A.
Por isso, alimentam a esperança de voltar às meias finais de um Europeu, algo que não acontece desde 2004, curiosamente em Portugal, onde emergiu a capacidade de Milan Baros, melhor marcador do torneio, com 5 golos.
Cech agora tem uma vantagem: conhece bem Portugal, pela convivência regular que manteve com portugueses no Chelsea. Raúl Meireles, Paulo Ferreira, Bosingwa, Hilário e pelos confrontos na Liga Inglesa com Cristiano Ronaldo e Nani. Já para não falar na Liga dos Campeões e no Euro 2008, quando perdeu por 3-1 na fase de grupos e sofreu um golo do actual capitão português.
Na mesma linha segue o discurso do central Michal Kadlec, de 27 anos, filho de Miroslav Kadlec, que foi o capitão de 96. O defesa do Bayer Leverkusen tem boas razões para pensar que é possível surpreender de novo os portugueses.
Valdimir Smicer, que jogou há 16 anos no Villa Park, considerou que atual formação checa é mentalmente mais forte e mais resistente ao stress competitivo.
Poborsky é um nome que ficou para a história, pelo golo de chapéu, que eliminou Portugal. «Alguém tem de imitar o que ele fez, não importa quem», disse Petr Cech.
Já o treinador Michal Bílek foi mais vezes internacional pela antiga Checoslovaquia e também já sorriu à custa de Portugal. Em 89 chegou a marcar dois golos que deram a qualificação para o Mundial de 90. Nessa altura, jogava na baliza o gigante Jan Stejskal, agora treinador dos guarda redes checos.