As últimas 24 horas foram tormentosas, minadas pelo insucesso inesperado e pelo caso da velejadora luso-brasileira. A TSF falou com o chefe da missão olímpica sobre estas situações.
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Ao terceiro dia da presença portuguesa em Londres, chegou a primeira grande deceção e ao quarto dia, a primeira grande polémica.
Depois da estrondosa eliminação de Telma Monteiro no judo, surgiu hoje a exclusão da velejadora Carolina Borges por se recusar a competir.
Em apenas 24 horas, a comitiva nacional nos Jogos Olímpicos foi atingida por dois factos, cujas verdadeiras consequências só lá mais para diante serão visíveis.
Por enquanto, o chefe da missão olímpica, Mário Santos, tenta relativizar as duas situações que marcaram as últimas horas, a começar pela mais recente.
«Os outros atletas estão cá, estão para competir, e isto com certeza não os irá afetar porque não está subjacente a esta situação qualquer outra leitura que não a de um atleta que considera, por sua livre iniciativa, que não tem condições para competir e fundamenta isso em razões médicas, a única questão é que o procedimento não poderá ser esse», esclareceu.
Mário Santos também não acredita que uma "onda de desmoralização" atinja a comitiva devido ao objetivo falhado de uma medalha no judo.
«Apesar de seremos uma equipa e de todos sentirmos as alegrias e as tristezas, o grupo é constituído por muitos atletas que têm aqui, além de um objetivo comum, os seus objetivos pessoais. E em nada influencia um resultado melhor ou pior um atleta naquilo que é o seu objetivo, a sua preparação e a sua concentração aqui», afirmou.
A missão olímpica está convencida que nos estragos vão ficar por aqui, mas uma coisa já não conseguirá evitar: que em apenas dois dias, a presença em Londres tivesse ficado marcada da pior maneira.