Domínio total dos belgas conduzidos por Axel Witsel, ex-jogador do Benfica, o melhor em campo.
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Ao festival de futebol ofensivo que protagonizou a Bélgica junta um triunfo "sem espinhas", renascendo neste Euro2016. Os belgas, como se diz na gíria do futebol, deram um "chocolate" a uma República da Irlanda, orientada pelo respeitável Martin O'Neill, que se mostrou frágil demais. E nem o trevo que os jogadores usam na camisola conseguiu ser amuleto para afastar as maldades dos "diabos vermelhos".
Esta tarde de sábado, em Bordéus, cidade que, em tempos, teve a felicidade de ver ao vivo génios como Chalana ou Zidane, também terra de bom vinho, a colheita foi profícua, mas custou a aparecer para estes belgas, que continuam a mostrar a melhor geração de futebolistas produzida no país, nas últimas três décadas.
Os primeiros 45 minutos serviram de longo aquecimento para a equipa de Marc Wilmots, que mudou o lateral direito, lançando Meunier (Club Brugge) e também alterou o meio campo e as alas. Trocou Nainggolan, da Roma por Dembélé (Tottenham) para jogar ao lado de Witsel, cérebro criterioso desta equipa.
Com Ferreira-Carrasco (saiu Fellaini) na direita e o capitão talentoso Éden Hazard, na esquerda, De Bruyne apareceu mais perto de Lukaku.
Foi desta forma que começou o encontro para a Bélgica, que na primeira parte dominou mas não conseguiu se eficaz na finalização.
Feitas a correções ao intervalo, sobretudo em relação às movimentações de Lukaku, aos 48 minutos o avançado do Everton iniciou um contrataque que ele próprio concluiu (excelente remate com o pé esquerdo na meia lua), a passe de Kevin De Bruyne.
Aos 61 minutos, Witsel cabeceou para o 2-0, em mais um excelente momento de futebol ofensivo, num cruzamento de Meunier, o tal lateral direito que parece ter roubado o lugar a Ciman.
Aos 69 minutos, Lukaku marca pela segunda vez, assistido por Hazard, que protagonizou uma arrancada na direita e arruma a questão do segundo lugar do grupo que agora é dos belgas, com três pontos, atrás da Itália, já qualificada e com o primeiro lugar garantido, com seis pontos. O terceiro vai para a Suécia (um ponto) e o ultimo para a República da Irlanda, também com um ponto mas por ter mais golos sofridos.