Christian Atsu, antigo jogador do FC Porto, encontrado morto nos escombros na Turquia
Informação foi confirmada pelo empresário do atleta.
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O antigo jogador do FC Porto, Christian Atsu, foi encontrado morto nos escombros do prédio onde morava, na província turca de Hatay. A informação foi confirmada esta manhã pelo empresário do jogador de futebol.
Atsu, de 31 anos, nasceu no Gana, e jogou em Portugal durante três anos, alinhando pelo FC Porto e Rio Ave. Vestiu, depois, a camisola do Chelsea e do Newcastle, antes de assinar contrato com o clube turco Hatayspor.
O empresário do jogador adianta que as equipas de resgate encontraram também o telemóvel de Christian Atsu. Os bens do antigo jogador de futebol estão ainda a ser retirados dos escombros.
"O corpo de Atsu foi encontrado sob os escombros. Os seus pertences ainda estão a ser removidos. O seu telefone também foi encontrado", disse o seu agente Murat Uzunmehmet, citado pela agência turca privada DHA.
Atsu vivia num condomínio de luxo que ruiu com o sismo, há quase duas semanas. A polícia turca deteve o construtor, no aeroporto de Istambul, na semana passada, quando ele se preparava para viajar para o estrangeiro.
O FC Porto, clube em que o avançado ganês chegou em 2009 e esteve até 2013, já lamentou a sua morte, através de uma publicação na página oficial do Facebook, recordando "um dos campeões de 2013".
"É com profundo pesar que recebemos a noticia da morte de Christian Atsu, um dos nossos campeões de 2013. Que descanse em paz. À família e amigos, enviamos as mais sentidas condolências, mensagem que estendemos a todas as vítimas do sismo da Turquia e Síria", pode ler-se.
Atsu chegou ao FC Porto em 2009 para ingressar a equipa júnior. O ganês foi emprestado ao Rio Ave para a época 2011-2012, mas regressou ao Porto para a seguinte, participando em nove jogos. Em setembro de 2013 assinou um contrato de cinco anos com o Chelsea.
O Rio Ave manifestou este sábado "profundo pesar e consternação" pela morte de Christian Atsu, que representou o clube em 2011/12.
"É com profundo pesar e consternação que recebemos hoje as notícias do falecimento de Christian Atsu. A família rioavista associa-se à dor de familiares e amigos do Atsu, bem como das milhares de vítimas da tragédia na Síria e Turquia, prestando-lhes as mais sentidas condolências. Até sempre, Atsu", escreveu o emblema vila-condense na página oficial no Facebook.
A 7 de fevereiro, a Federação ganesa deu conta de que o antigo jogador de FC Porto e Rio Ave tinha sido resgatado dos escombros de um prédio que colapsou, algo que viria a ser desmentido mais tarde.
"Já se passaram nove dias desde o terremoto e ainda não localizámos o Christian [Atsu]. Estou no local do terramoto em Hatay com a família do Christian. As cenas são inimagináveis e os nossos corações estão partidos por todas as pessoas afetadas", começou por escrever o empresário de Atsu, na rede social Twitter.
O dirigente confirmou, depois, que obteve a "localização exata do quarto" do avançado dos turcos do Hatayspor e que foram encontrados dois pares de sapatos.
"Ontem [segunda-feira], recebemos a confirmação de que as imagens térmicas mostravam sinais de até cinco vidas, no entanto, disseram-me que a única confirmação real da vida é através da visão, olfato e som. Infelizmente, não conseguimos localizá-lo", lamentou.
Nana Sechere falou na necessidade de ter um tradutor no local, entre outros recursos, e acusou ainda o Hatayspor de não estar no terreno com a família.
"As coisas estão a ir incrivelmente devagar e, como resultado, muitos resgates estão a ser adiados e vidas perdidas, devido à falta de recursos disponíveis para os trabalhadores. É uma pena que o clube não esteja no terreno connosco, lado a lado, em busca do Christian", concluiu.
A 6 de fevereiro, a Turquia e a Síria registaram sismos de magnitudes de 7,8 e 7,5 na escala de Richter, com réplicas fortes, uma das quais de 6,0.
A catástrofe provocou mais de 43 mil mortos na Turquia e na Síria, segundo os dados provisórios mais recentes, sendo este último país cenário de uma guerra civil que dura há mais de uma década.
* Notícia atualizada às 10h46