Ciclismo: Grande Prémio JN renova-se com mais um dia e etapas "mais suaves"
A prova começa na Maia e termina em Vila Nova de Famalicão. O vencedor da Volta a Portugal, Artem Nych, ainda não garantiu a presença
Corpo do artigo
O 34.º Grande Prémio JN promete "mais chegadas ao sprint" e "imprevisibilidade" na classificação geral. O evento foi apresentado, na terça-feira, na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão, concelho que acolhe o último dia.
A prova conta com nove etapas, mais uma do que no ano passado, e passa por 11 municípios do norte e centro do país, ao longo de quase 1300 quilómetros, 27 metas intermédias e 16 contagens de montanha. Em relação à edição anterior, saem do calendário Vila Nova de Gaia e Guimarães e entram Paredes, Barcelos e Vila Nova de Famalicão.
O diretor de corrida espera "uma prova mais suava e mais compacta", capaz de se "diferenciar das outras por etapas que há no país". "Ao contrário de outros grandes prémios, este será definido pela estratégia e pela coragem. As contagens de montanha não serão tão relevantes", afirma Nuno Lopes.
As inscrições ainda não estão fechadas, mas a organização espera a presença de mais de cem ciclistas, divididos por 14 equipas. Grande parte do pelotão esteve na Volta a Portugal, que terminou a meados de agosto. No entanto, ainda não está assegurada a presença do vencedor das últimas duas edições da prova rainha, Artem Nych, da Anicolor-Tien 21.
A expetativa é que, este ano, dadas as caraterísticas do percurso, haja "um grande número de sprinters". Nuno Lopes acredita que pode existir "mais atletas a vencer as etapas e uma maior luta pela classificação geral". "Queremos agarrar as pessoas e que se sintam emocionadas com o ciclismo", enaltece.
Para o diretor do Jornal de Notícias, a prova já está num patamar em que se pode "internacionalizar a curto-prazo". Vítor Santos fala numa corrida "cada vez mais seletiva e robusta", que, dentro do país, só fica atrás das voltas a Portugal, Alentejo e Algarve e da Clássica da Figueira.
Também na cerimónia de apresentação, o presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo referiu que o Grande Prémio JN se encaixa no "momento certo e perfeito" no calendário nacional. "Antes, a Volta a Portugal quase que determinava o fim da época em Portugal. Agora, com esta prova, damos mais visibilidade a toda a gente, incluindo os jovens que querem manter a época mais prolongada, sem tanto tempo de paragem até ao início da seguinte, em fevereiro", argumenta Cândido Barbosa.
A prova começa, este sábado, na Maia, seguindo-se Valongo, no domingo - a etapa mais longa, com 159,7 quilómetros -, Gondomar, na segunda-feira, e Paredes, na terça-feira - a etapa-rainha. Depois, na quarta-feira, a prova une Porto a Ovar - a mais curta, com 131 quilómetros -, e Albergaria-a-Velha a Águeda, na quinta-feira, antes de avançar para Barcelos, na sexta-feira, Viana do Castelo, no sábado, e Vila Nova de Famalicão, no domingo.
