Ciclismo português a rosa e azul. João Almeida e Rúben Guerreiro regressam a Portugal
João Almeida vestiu a camisola rosa durante 15 dias. O Giro de Itália consagrou ainda Rúben Guerreiro como líder da montanha.
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Foi com aplausos e sorrisos que João Almeida e Rúben Guerreiro chegaram ao Aeroporto Humberto Delgado. Os heróis improváveis do Giro de Itália tiveram uma receção calorosa, apesar das poucas pessoas à chegada, devido à pandemia.
João Almeida vestiu a camisola rosa da volta a Itália em bicicleta durante 15 dias. Acabou por perder o estatuto de líder, mas assegurou o quarto lugar na geral e o reconhecimento como melhor português de sempre no Giro.
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Na sala de imprensa do aeroporto de Lisboa, o ciclista da Deceuninck-Quick Step admitiu que ainda não tem noção do feito e não traz mágoa com a perda da liderança a três dias do fim da prova.
"Lutei até ao fim, as sensações eram muito boas e estava muito bem. Dei sempre tudo até à meta porque um segundo pode fazer toda a diferença. Como vimos, o tempo entre o primeiro e o segundo classificado foi muito curto", sustenta.
Já Rúben Guerreiro, líder da montanha e dono da camisola azul, assume que o cansaço tomou conta dos 23 dias da prova. "Eram tantos quilómetros para fazer que não tínhamos tempo para nada. Só dava para descansar e pensar no objetivo da equipa. A tática baseava-se no dia-a-dia, não pensávamos na próxima semana."
Rúben Guerreiro, da EF Pro Cycling, é o primeiro ciclista português a conquistar a liderança numa das categorias de uma grande prova de ciclismo.
Os ciclistas chegaram num avião fretado pelo empresário, acompanhados pelos pais e pelo presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira.
A 103.ª edição da Volta a Itália em bicicleta terminou este domingo, com a vitória do britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), após a conclusão do contrarrelógio individual da 21.ª etapa, em Milão.
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