Depois da quebra do acordo entre os leões e a equipa W52, o vice-presidente e responsável do Sporting para as modalidades, Vicente Moura, garante ter sido contactado por equipas "que andam na Volta a Portugal". Quebra do acordo com a W52 é justificada com dúvidas relacionadas com "análise e controlo antidoping".
Corpo do artigo
"Telefonaram-me responsáveis de quatro equipas que andam na Volta a Portugal. São equipas que não têm 'sponsors'", disse à TSF Vicente Moura, o responsável do Sporting para as modalidades, depois de questionado sobre o futuro do projeto que pretendia levar de novo os leões para as estradas portuguesas.
As declarações surgem depois de o Futebol Clube do Porto, a W52 e o Porto Canal terem assinado, este domingo, um contrato válido para as próximas cinco épocas, apesar de o diretor desportivo da W52 se ter comprometido com os leões para estabelecer uma parceria válida a partir do próximo ano.
Uma marcha-atrás justificada, em comunicado, pelo Sporting: "O clube teve conhecimento de diversos factos e situações que suscitaram e suscitam as maiores e mais sustentadas dúvidas sobre procedimentos relacionados com análise e controlo antidoping por parte dos promotores do projeto".
Uma situação confirmada à TSF por Vicente Moura: "Sportinguistas, alguns com um conhecimento muito profundo da modalidade, começaram a dizer-me para ter cuidado, que há aqui problemas (com a equipa W52) e já houve problemas no passado. Tinha a ver com controlo antidoping ou coisas do género, até porque o Nuno Ribeiro (diretor desportivo da W52) já teve problemas no passado".
Vicente Moura adianta que, a partir desse ponto, os leões resolveram "suspender" a assinatura do contrato com a W52 (que até ao momento estava apenas firmado de forma verbal) e investigar eventuais "problemas" que, até este domingo, dia em que foi assinado o acordo entre a W52, o FC Porto e a Porto Canal, não foram afastados nem comprovados pelos assessores jurídicos dos leões.
O vice-presidente do Sporting assegura, no entanto, que mantém o objetivo de devolver o ciclismo aos sócios e adeptos do clube num futuro "mais ou menos breve", mas que essa será uma decisão tomada em conjunto com o presidente Bruno de Carvalho.
Vicente Moura admite que será agora "mais complicado" que os leões estejam presentes na Volta a Portugal do próximo ano.
"Não sei se as condições estão ou não criadas para voltarmos rapidamente ao mesmo projeto", admitiu em declarações à TSF.