Clássico pode ser um risco para a saúde pública. Adiamento só se Benfica tiver menos de 13 jogadores disponíveis

A realização do Porto-Benfica pode ser um risco para a saúde pública, mas dependendo do número de casos que afeta o plantel das águias e da origem do vírus.

O médico Alexandre Carvalho, que trabalha na área da virologia, explica à TSF que situação merece todo o cuidado para que o vírus não se alastre.

"De acordo com a evolução do grupo, se vão aparecer mais casos ou não, podemos pôr em risco a equipa contrária, toda a entourage que acompanha a deslocação de um clube de futebol. Um desporto de contacto como é o futebol, apesar de ser ao ar livre, há sempre algum risco. Estamos a falar de uma forma muito genérica, porque não há dados concretos sobre se é uma doença infeciosa, se é uma virose e qual é o mecanismo de transmissão, sobretudo", refere Alexandre Carvalho.

O médico afirma que "enquanto não sabemos se é realmente um vírus e qual é o mecanismo de transmissão, as pessoas doentes ou sintomáticas devem estar isoladas e as pessoas que não se sentem doentes devem ser vigiadas atentamente a ver desenvolvem esse tipo de sintomas".

Pelo regulamento da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, a hipótese de adiamento de um jogo está previsto caso uma equipa não tenha, pelo menos, 13 jogadores disponíveis, entre os quais um guarda-redes, devido a doença contagiosa, vírica ou bacteriana. Um artigo que chegou a ser invocado na altura da Covid-19.

Esses impedimentos devem ser comprovados por um médico do Serviço Nacional de Saúde. No entanto, o Benfica tem 72 jogadores inscritos na competição, já que inclui jogadores da equipa B e de outros escalões do clube.

O plantel do Benfica está a ser afetado por um vírus nas vésperas do clássico com o FC Porto, no Dragão, noticiou esta sexta-feira o Record e já confirmou a TSF.

Os jogadores têm apresentado dores de cabeça e de corpo, o que levanta dúvidas sobre o elenco que se irá apresentar no domingo diante os dragões.