Confederação de Treinadores de Portugal lembra que, embora os clubes mais pequenos vivam sobretudo de fontes de rendimentos que estão agora suspensas, continuam a ter contas para pagar.
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O presidente da Confederação de Treinadores de Portugal, Pedro Sequeira, revelou esta quinta-feira à TSF que ainda não hã previsão de uma data para a chegada do fundo extraordinário de apoio aos clubes, que foi prometido há um mês pelo secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo.
"Mantém-se a promessa de que estará para chegar", nota o representante dos treinadores, que nota também a inexistência de informação quanto a "valores envolvidos" ou à forma como o dinheiro vai ser distribuído: "Será a fundo perdido? Será em forma de empréstimo? Será de uma forma mista?"
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A este rol de dúvidas junta-se, no entanto, uma outra que é destacada por Pedro Sequeira pela importância: a data da chegada destes apoios.
O presidente da Confederação de Treinadores lembra alguns dos clubes que funcionam em modelo empresarial, como as SAD, que "tiveram alguns apoios gerais enquanto empresas", com a aplicação, por exemplo, das normas relativas ao lay-off.
Mas nos clubes mais pequenos, que são muitas vezes "associações recreativas, entidades sem fins lucrativos", o processo é diferente.
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"Normalmente vivem do pequeno patrocinador, do comércio, das mensalidades dos pais e encarregados de educação", algo que, num momento em que não há "formação nem mais nada a funcionar", faz com que as fontes de receita sequem. "Mas as despesas mantêm-se", alerta Pedro Sequeira: há pagamentos de subsídios aos treinadores, água, luz, gás de instalações para cumprir.
As autarquias, revela, têm mesmo sido quem mais ajuda estes pequenos clubes.