A seleção colombiana que hoje encontra o Brasil em Fortaleza é já a melhor de sempre: Craques como Jackson, James, Armero ou Cuadrado distinguem-se pela qualidade do seu futebol. Antes deles, uma outra geração tornou-se célebre também por outras razões.
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Para muitos europeus, a seleção colombiana, que hoje defronta o Brasil nos quartos de final do Campeonato do Mundo, foi até aos anos 90 uma completa desconhecida. Mas, uma geração de futebolistas mudou isso. Para além das qualidades futebolísticas, ou até da falta dessas qualidades, jogadores como Higuita, Valderrama, Rincón ou Asprilla tornaram-se célebres pelas atitudes e, em alguns casos, pelo estilo pouco ortodoxo.
Esta geração esteve nos mundiais de 90, 94 e 98 e obteve o seu melhor resultado em 1990, foi eliminada pelos Camarões. A seleção de James e Jackson já conseguiu melhor no Brasil. Apesar disso conseguir o apuramento para três mundiais seguidos já foi considerado, na altura, um grande sucesso.
Mais do que por grandes defesas, o guarda-redes René Higuita ficou célebre pela forma como saía da baliza para fintar adversários. Num desses lançes, no Mundial de 90, o camaronês Milla tirou-lhe a bola e fez golo, um lance que acabaria por afastar a Colômbia do Campeonato do Mundo. O lance mais famoso de Higuita aconteceria cinco anos mais tarde, num jogo amigável com a Inglaterra. O guarda redes colombiano defendeu um remate inglês com os calcanhares. O lance ficou conhecido como «defesa de escorpião».
Outro idolo colombiano da altura é Valderrama. Um médio com bom toque de bola que não passava despercebido por causa da vasta cabeleira loira. Tem uma estátua de sete metros na sua terra natal.
No ano passado, como conta o jornal "Estado de São Paulo", uma televisão, a Caracol TVl, exibiu uma telenovela em horário nobre que contava como a geração de Higuita, Valderrama e Asprilla, um avançado que jogou vários anos no Brasil, contribuiu para retirar o futebol do país do esquecimento.
Hoje, em Fortaleza, uma seleção mais sóbria e discreta, procurará um resultado ainda mais importante. Se chegar às meias-finais, afastando o país organizador do Mundial ,poderá tornar-se, para os colombianos, imortal.