Agora nos penáltis, SC Braga volta a bater Benfica e está nas meias-finais da Taça de Portugal
Veja os golos. Gonçalo Guedes e Al Musrati marcaram os golos que construíram um empate a um num jogo em que Bah e Morato foram expulsos.
Corpo do artigo
Foi preciso ir a penáltis para separar SC Braga e Benfica, mas no final foram os arsenalistas quem sorriu a partir da marca dos 11 metros. Depos de um empate a uma bola ao fim dos 90 e dos 120 minutos - em que Bah e Morato foram expulsos - Matheus foi o protagonista de uma longa eliminatória na Pedreira ao defender o penálti de Aursnes.
https://tsf.vsports.pt/embd/83362/m/15033/tsf/1edfc013e784770de5f445489c5b6e54?autostart=false
Ricardo Horta, Djaló, Castro, Paulo Oliveira e Al Musrati marcaram os penáltis certeiros dos anfitriões, que assim voltaram a vencer as águias num jogo oficial pela segunda vez nesta época, sendo a única equipa a tê-lo conseguido. João Mário, Otamendi, António Silva e Grimaldo marcaram dos 11 metros para o Benfica.
TSF\audio\2023\02\noticias\09\filme_do_jogo_braga_1_5_4_1_benfica
Com Ricardo Horta de volta às opções de Artur Jorge e Gonçalo Ramos e Rafa no lote de elegíveis por Roger Schmidt, nenhum foi opção inicial dos treinadores para os onzes iniciais, mas todos foram para os seus respetivos bancos.
E foi precisamente de lá, dos bancos, que cumpriram o minuto de silêncio com que se homenagearam, na Pedreira, as dezenas de milhares de vítimas dos sismos na Turquia e na Síria.
No relvado, a grande novidade foi a titularidade de Pizzi nos bracarenses, com o português a ocupar um papel híbrido entre o de um avançado a jogar ao lado de Abel Ruiz e o de um médio. No Benfica, Schmidt repetiu o mantra "em equipa que ganha não se mexe" e colocou-o em prática face ao onze que jogou frente ao Casa Pia, para o campeonato, no fim de semana.
Depois de um início que até foi mais prometedor para o SC Braga, que teve um remate perigoso de Niakaté "defendido" pela cabeça de Otamendi, foi o Benfica quem chegou à vantagem.
Neres e Aursnes entendem-se bem num pontapé de canto à direita e o brasileiro acaba por cruzar para o segundo poste, onde surge Gonçalo Guedes a cabecear para o 1-0.
https://tsf.vsports.pt/embd/83339/m/15033/tsf/6e66385727ca8a7c80db1dab4ec57208?autostart=false
O jogo parecia ficar sob controlo do Benfica pelo menos até ao minuto 30, quando Bah foi expulso após um lance discutido com Pizzi. O dinamarquês pisou o tornozelo do médio luso e, depois de Tiago Martins ter consultado o VAR, viu o vermelho direto. Schmidt abdicou de Guedes para lançar Gilberto no jogo.
https://tsf.vsports.pt/embd/83342/m/15033/tsf/98be5e83153a38bb945ba348673b73c8?autostart=false
Bastaram cinco minutos para o SC Braga aproveitar a superioridade, embora para isso até tenha recorrido a um lance de bola parada. André Horta bateu para o primeiro poste, onde Tormena desviou para o segundo. Al Musrati surgiu de rompante para atirar rasteiro e de primeira para o 1-1.
https://tsf.vsports.pt/embd/83343/m/15033/tsf/f9ace7520846bd29415eba7d864a3afe?autostart=false
O Benfica voltou a aproximar-se do golo aos 44', também de pontapé de canto, num lance que Matheus só conseguiu resolver a dois tempos. Depois de defender para a frente, o guarda-redes teve de lançar-se aos pés de Aursnes e António Silva, acabando por agarrar a bola.
Schmidt apostou em Gonçalo Ramos e Morato para os lugares de Florentino e Neres na segunda parte e, do outro lado, Artur Jorge abdicou de Pizzi para lançar Bruma. As mudanças no Benfica significaram uma mudança de sistema, com a equipa a assumir uma linha de três centrais e um meio-campo a três - Chiquinho, Aursnes e João Mário - atrás do agora solitário Gonçalo Ramos.
Do banco, Artur Jorge percebeu a possibilidade de lançar mais um ponta de lança, já que Abel Ruiz ia jogando sozinho contra três defesas centrais. Fê-lo quando lançou Banza para o lugar de Racic e nem esperou muito mais para lançar Ricardo Horta no jogo - para um dos aplausos da noite -, abdicando de Iuri Medeiros.
Ficava cada vez mais difícil para o Benfica sair com a bola controlada. Com as alas entregues na totalidade a Gilberto e Grimaldo, seria sobretudo por rasgos pelo meio que a bola chegaria à baliza de Matheus. Foi o que aconteceu aos 68', quando Aursnes surgiu a rematar à entrada da grande área.
Começava, aos 70', a pressão bracarense. Instalados no meio-campo do Benfica, os arsenalistas foram rematando, primeiro por André Horta, que do meio da rua obrigou Vlachodimos a uma defesa de recurso, depois por Al-Musrati que, num pontapé de canto que mais uma vez lhe sobrou para os pés, não conseguiu rematar sem oposição.
Quem o conseguiu foi Ricardo Horta, que se viu sozinho à entrada da grande área e, tal como o irmão, obrigou Vlachodimos a defender, desta vez em voo. E a ver um jogo em crescendo, Artur Jorge lançou as últimas cartadas: Castro e Alvaro Djaló para os lugares de André Horta e Abel Ruiz.
O último lance de perigo dos 90 minutos de jogo foi da autoria de Banza, que ao querer finalizar de calcanhar acabou por atirar ao poste. Nada os separou, e o prolongamento começou com Rafa a entrar para o lugar de Ramos, novamente com problemas físicos. Do lado do SC Braga, Artur Jorge abdicou de Niakaté para fazer entrar Paulo Oliveira.
Pouco mudava em campo. Com os da casa instalados no meio-campo adversário, a bola continuava a viajar entre flancos numa tentativa de abrir brechas na defesa encarnada. Djaló trazia algum requinte e drible curto ao jogo e Castro, desde que entrara, permitia ao SC Braga montar uma muralha. Do outro lado, Rafa era o principal foco de perigo, mas sem bola pouco podia fazer.
Aos 120', Morato viu o segundo amarelo por falta sobre Djaló e deixou o Benfica a jogar com nove por pouco mais de um minuto, que Schmidt aproveitou para trocar Chiquinho por Lucas Veríssimo antes dos penáltis. E o resto já foi contado.
Onze do SC Braga: Matheus, Victor Gomez, Tormena, Niakaté, Sequeira, Al Musrati, Racic, André Horta, Pizzi e Medeiros e Abel Ruiz
Onze do Benfica: Vlachodimos; Bah, António Silva, Otamendi, Grimaldo; Florentino, Chiquinho, Aursnes, João Mário, Neres e Gonçalo Guedes
O jogo foi arbitrado por Tiago Martins, auxiliado por Pedro Ribeiro e Hugo Ribeiro. No VAR esteve Fábio Melo.
Suplentes do SC Braga: Tiago Sá, Paulo Oliveira, Joe Mendes, Borja, Castro, Álvaro Djaló, Ricardo Horta, Banza, Bruma
Suplentes do Benfica: Samuel Soares, Gilberto, Lucas Veríssimo, Morato, João Neves, Draxler, Rafa, Musa, Gonçalo Ramos