Passe a brincadeira, o melhor do Mundo deve voltar a ser o melhor da Europa para a UEFA, já que foi novamente o jogador mais decisivo da Liga dos Campeões, ao mesmo tempo que se afirmou como maior goleador do planeta na temporada 2017/18.
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Cristiano Ronaldo é o grande favorito a vencer (pela terceira vez consecutiva - mais um hat-trick...) o prémio de Jogador do Ano da UEFA, relativo à época 2017/18.
Isto porque desde 2010/11 - quando este prémio foi criado - o desempenho na Liga dos Campeões tem sido quase sempre o critério mais importante. Só por uma vez em oito edições desta distinção o primeiro classificado não foi vencedor da Champions: Iniesta, em 2012, que apesar de tudo foi campeão europeu, mas de seleções. Recorde-se que o vencedor da Liga dos Campeões dessa temporada foi um Chelsea de futebol pouco atrativo e que valia essencialmente pelo equilíbrio defensivo.
Não é por acaso que nas três últimas edições do prémio de Melhor Jogador da UEFA todos os jogadores que chegaram à short list dos três melhores estiveram no jogo da final da Champions.
Ora CR7 foi novamente o jogador mais decisivo da competição-rainha da UEFA, pela terceira vez consecutiva, o que corresponde a outros tantos troféus conquistados pelo Real Madrid. Aliás, Ronaldo é claramente o jogador mais influente na história da prova, pelo menos no seu formato Liga dos Campeões: foi pela sétima vez o melhor marcador da competição (sete vezes consecutivas, desde 2012, sempre com 10 ou mais golos apontados), um recorde absoluto.
Desta vez apontou 15 dos 33 golos da sua equipa e se incluirmos as assistências que realizou (duas), teve participação decisiva em 52% dos golos do Real na caminhada para a conquista da Champions. CR7 estabeleceu ainda mais dois recordes da competição, para juntar aos vários que já possuía: faturou em todos os jogos da fase de grupos e em 10 encontros consecutivos.
Só ficou em branco nas meias-finais e na final, mas antes disso marcou por três vezes ao Borussia de Dortmund, duas ao Tottenham, três ao PSG e três à Juventus (incluindo a famosa bicicleta e o penálti decisivo no último minuto dos quartos de final). Acabou com uma média superior a um golo por jogo (15 golos em 13 jogos), conseguiu cinco bis e marcou em média um golo a cada 78 minutos jogados.
É verdade que Ronaldo não foi campeão espanhol (o Real terminou em terceiro lugar) e não passou dos oitavos de final do Mundial, mas voltou a ser o melhor goleador da temporada a nível planetário, entre clube e seleção, com 50 golos, mais um do que Messi e mais três do que Salah.