O médio Luka Modric é o motor da turma croata.
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Longe vão os tempos da entrada quase triunfante da Croácia nos Mundiais. É bastante recente, como se sabe, data de 1998, e culminou com a conquista do terceiro lugar, frente à Holanda, depois de apenas a França ter conseguido travar nas meias-finais uma das melhores seleções do fecho do século XX.
Foi uma estreia de sonho de um grupo orientado por Miroslav Blazevic, em que Davor Suker era a estrela maior, mas que contava também com Boban, Prosinecki, Stanic ou Bilic entre outros.
As gerações passam, naturalmente, e de então para cá a Croácia não conseguiu repetir tamanho êxito em Campeonatos do Mundo, embora esta geração que agora estará na Rússia seja, do ponto de vista qualitativo, próxima daquela que brilhou em 1998.
Modric continua a ser o ponto de referência, sendo que Mandzukic e Rakitic não podem ser ignorados dentro da elite croata. O problema é que a seleção é, nesta altura, uma enorme incógnita. Este Mundial pode ser mesmo a última oportunidade para este conjunto de jogadores tentar repetir - ou aproximar-se - da epopeia de França, já que boa parte deles anda na órbita dos 30 anos.
E incógnita pois a qualificação chegou a estar ameaçada quando, na reta final, fez uma série de três jogos somando apenas um ponto. Perdeu para a Islândia a hipótese de vencer o grupo e o alarme soou. De tal forma que antes da última jornada o selecionador Ante Cacic foi substituído por Zlatko Dalic. Resultou e a Croácia lá se salvou, mesmo que apenas no play-off.
É, portanto, no meio deste ambiente no mínimo problemático que os croatas se apresentam. Falta saber que efeitos terá.