Num autêntico jogo de nervos, foram os croatas que acabaram a sorrir no final. Termina o sonho russo e o de milhões de adeptos que quase tocaram o céu.
Corpo do artigo
No futebol, tal como na vida, os sonhos conjugam-se num tempo e numa forma que ultrapassa, muitas das vezes, a própria imaginação. Sonhar não paga imposto e o céu é mesmo o limite. Os russos estiveram lá perto, uma e outra vez, ora pelas mãos de Akinfeev, ora pela cabeça de Mário Fernandes. No derradeiro obstáculo, Rakitić teve nervos de aço e apurou a Croácia para as meias-finais.
Depois da vitória inglesa sobre a seleção sueca, faltava encontrar o último semi-finalista com direito a bilhete com destino ao "paraíso". O 4-3 nos penáltis ditou que será a seleção croata a ter pela frente os "pupilos" ao serviço de Gareth Southgate. Quem ganhar o próximo jogo sobe ao " Olimpo futebolístico", marcando presença na final do Campeonato do Mundo.
Com a igualdade registada no final dos 90 minutos, o encontro, que se disputou em Sochi, teve que seguir para o prolongamento. Vida (101) ainda passou o atestado de óbito ao jogo, mas Mário Fernandes (115) ressuscitou uma Rússia que ainda tinha muito "coração".
O médio croata ao serviço do Barcelona viria a concretizar a última grande penalidade, e a gelar um país que está preparado para as intempéries mas não para os "furacões" da bola. Ficam por terra, a 11 metros de distância, sentenciadas as aspirações russas.
A Croácia regressa, assim, às meias-finais de um Mundial, 20 anos depois de em 1998 terem sido derrotados nessa fase pela França, que viria a ser campeã em casa.