Da "surpresa e calor" da homenagem ao documentário que envolve Benfica e FC Porto. Uma tarde com Bölöni
László Bölöni imita Jardel e diz que no futebol tudo é possível. O antigo treinador campeão do Sporting, depois de homenageado ontem em Alvalade, recebeu a reportagem TSF no centro de Lisboa.
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"Foi uma surpresa para mim. Aquilo não estava previsto." László Bölöni ainda está emocionado, enquanto conversa com a TSF sobre a homenagem, este domingo, no relvado do Estádio José Alvalade, antes do jogo frente ao Rio Ave. O antigo treinador campeão pelo Sporting recebeu a reportagem da TSF no centro de Lisboa, no Pavilhão Chinês. Bölöni está a gravar um documentário sobre a sua carreira e escolheu esse bar peculiar da capital portuguesa por ser um sítio que lhe diz muito e "com uma aparência muito agradável". É um local onde o romeno passava algumas tardes quando treinava o Sporting, no início dos anos 2000.
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Sobre a homenagem, László Bölöni explica ainda que sentiu "calor, foi um grande momento" e agradece "ao presidente e aos adeptos". O treinador, atualmente no Metz de França, confessa que se sentiu emocionado com a receção que o Sporting preparou em cima da hora, mas quando convidado a escolher qual dos estádios gosta mais, o novo Alvalade ou o estádio antigo, o romeno não tem dúvidas: "Gosto mais do outro. Tenho muito boas recordações", confessa entre sorrisos.
O título conquistado em 2002 está sempre presente no discurso de Bölöni, quando é convidado a falar sobre o Sporting. "É uma das melhores recordações da minha vida. E também era jovem. Isso é bom", lembra Bölöni, sublinhando também que foi uma época que serviu para "lançar alguns jovens para o Sporting, para a seleção e para o mundo". Entre eles está Cristiano Ronaldo, mas o treinador de 70 anos admite que não tem falado muito com o internacional português. Ainda assim, tem aproveitado esta passagem por Portugal, para rever alguns antigos jogadores que treinou nos leões: "Estive com o Rui Jorge, o Pedro Barbosa que foi meu capitão e o João Pinto. Esta terça-feira vou encontrar-me com o Quaresma."
Quando questionado pela TSF sobre se o Sporting pode ser campeão outra vez esta época, László Bölöni cita o seu antigo jogador Mário Jardel: "Vou dizer aquilo que o Jardel dizia sempre: no futebol tudo é possível." E Gyökeres? "Não gosto de falar só sobre um jogador. Foi um bom trabalho coletivo da equipa."
Descontraído, com os mesmos jeitos de há 20 anos, mais velho, mas com o mesmo vigor da pessoa que se sentava no banco de Alvalade no início do século, Bölöni está agora a preparar um trabalho dedicado àquilo que fez nos últimos anos pelo futebol: "É um documentário sobre a minha vida de jogador e treinador. Portugal, Lisboa, Sporting e também os adversários do Sporting, o Benfica e o Porto, tudo isso tem muito valor para mim e quero falar sobre isso no documentário."