Para argentinos, napolitanos e adeptos de todo o mundo, 25 de novembro transforma-se numa data que não irão esquecer. Mas o Deus do relvado "é imortal".
Corpo do artigo
A notícia caiu de forma inesperada em Buenos Aires. O jornal Clarín, um dos títulos de maior circulação na Argentina, avançou em primeira mão a morte de Diego Maradona. Após a confirmação, por parte da família, os argentinos saíram à rua em lágrimas.
Os adeptos e fãs do astro do futebol mundial deslocaram-se ao Obelisco e, claro, à Bombonera, onde nas décadas de 1980/90, Maradona começou a escrever história com os pés.
"Não acredito. É incrível. Acha-se que passa por qualquer tempestade, mas não, todos acabam sendo mortais. Parece um pesadelo. Uma piada", disse Francisco Salaverry, em declarações à AFP.
Antes, o presidente da Argentina, numa entrevista, manifestava o sentimento de todos os cidadãos. "Hoje é um dia mau. Um dia muito triste para todos os argentinos", resumiu Alberto Fernandez, que declarou três dias de luto nacional.
1331730702522519552
Se o futebol é uma religião na Argentina, então Maradona era, de facto, o seu Deus. A Igreja Maradoniana, um grupo de apoio ao ex-jogador, que nasceu na Internet, convocou os fãs para uma homenagem junto ao obelisco de Buenos Aires.
Em declarações à AFP, um fã não conteve as lágrimas. "Prefiro não falar", dizendo que nunca conseguiu realizar o sonho de abraçar o seu ídolo.
"Estou totalmente chocado, abatido pela dor", disse Gabriel Oturi, de 68 anos. "Vou ser sincero. Achei que ele era um tipo ótimo, mas que não teve gente muito boa à sua volta, aproveitaram-se muito."
Uma vigília em Nápoles
Entre 1984 e 1991, Diego Maradona ajudou a elevar um clube. No San Paolo, fez as delícias dos fanáticos adeptos. Nas sete temporadas que vestiu a camisola napolitana, marcou 115 golos. Os adeptos não se esqueceram e, após a notícia da morte do craque argentino, deslocaram-se ao San Paolo para recordar Maradona.
1331713385550000129?s=20
Acenderam-se velas, entoaram-se cânticos e levantaram-se cartazes onde se lia "D10s". Foi Deus na Argentina, na Catalunha, mas também deixou a sua marca em Itália, no final dos 1980.
O presidente do munícipio defendeu, num comunicado, que pretende mudar o nome do estádio de San Paolo, para rebatizá-lo com o nome de Maradona.
Perante a situação pandémica, vários adeptos do Nápoles usaram as redes sociais. Um dos posts expressava os sentimentos dos napolitanos. "Diego está apenas a dormir. O mito nunca morre." De acordo com o jornal Il Mattino, amanhã será rezada uma missa em Nápoles em memória de "El Pibe de Ouro".
13076989
13075108
13076262