"De forma alguma o Governo deixará de estar junto dos nossos atletas e da Federação de Judo"

O secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, garante que o Governo está a acompanhar o castigo aplicado pela Federação Internacional de Judo à Federação Portuguesa de Judo.

"No dia 27 de março, fomos todos confrontados com uma situação inusitada que foram buscas a vários locais, nomeadamente à Federação de Judo, ao Instituto Português de Desporto e da Juventude [IPDJ], à residência do anterior presidente da Federação de Judo e a um clube da região de Coimbra. Já passaram 60 dias. Agora, de forma alguma e em nenhuma circunstância o Governo deixará de estar junto dos nossos atletas e da nossa federação para avaliar e ajudar a perceber o que é que se passou, mas não posso fazer mais nenhum comentário, além disso", disse Pedro Dias à margem de um evento do IPDJ no Jamor.

Questionado sobre a eventualidade de um judoca português conquistar a medalha de ouro nos mundiais e não ouvir o hino na cerimónia de entrega das medalhas, o secretário de Estado é perentório: "Eu acho que ninguém gostava."

A participação dos judocas portugueses nos Mundiais de Budapeste não está em risco, competição na qual os seis judocas lusos podem ter de competir sem a bandeira portuguesa.

Na decisão disciplinar da FIJ a que a Lusa teve acesso, o organismo internacional detalha o histórico da dívida, que ascende a 800 mil euros e que engloba a contratualização de dois dos quatro Grand Prix que Portugal (2023 e 2024) tinha feito, no valor de 500 euros, acrescidos de uma verba de 300 mil euros referente aos Mundiais de juniores de 2023.

Na sua decisão, a FIJ lembra que “uma Federação membro cujas taxas de adesão ou quaisquer outras taxas, royalties ou dívidas para a IJF ou União Continental à qual pertence não forem pagas até 31 de maio de cada ano, não será autorizada a participar nos Jogos Olímpicos, campeonatos mundiais ou qualquer outro evento realizado sob os auspícios da IJF”.