
Denmark's Christian Eriksen and Chile's Pablo Hernandez in action during an international friendly soccer match between Denmark and Chile at Aalborg Portland Park, in Aalborg, Denmark March 27, 2018. Scanpix Denmark/Henning Bagger/via REUTERS ATTENTION EDITORS - THIS IMAGE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY. DENMARK OUT. NO COMMERCIAL OR EDITORIAL SALES IN DENMARK
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Seleção nórdica tem em Eriksen as maiores esperanças.
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Aqui está mais uma das tais seleções que, de vez em quando, aparece numa fase final do Campeonato do Mundo. A Dinamarca junta-se a um lote - bastante vasto, aliás - daquelas que muitas vezes são encaradas como as equipas que servem para compor o elenco, não se esperando delas algo que vá para lá do que uma participação que não comprometa os princípios mínimos.
De facto, no caso dinamarquês, as coisas não têm andado muito longe deste cenário. Nas quatro presenças anteriores o melhor que conseguiu foi atingir o patamar dos quartos-de-final em 1998, em França. Mas, atenção, este episódio único não foi obra do acaso.
A explicação pode residir naquele que foi o momento de ouro do futebol da Dinamarca, que não mais se repetiu. A génese está naquela que todos definem como a "Dinamáquina", campeã europeia em 1992 e vencedora da Taça da Confederações em 1995. Ao juntar Peter Schmeichel, os irmãos Michael e Brian Laudrup e muitos mais, pode dizer-se que os nórdicos dispuseram de uma geração que faria inveja a qualquer um.
Daí que em 1998 houvesse, pela primeira vez, uma legítima esperança numa grande carreira no Mundial. O problema foi ter apanhado o Brasil a meio do caminho, com Rivaldo e Ronaldo a acabarem com o sonho dinamarquês numa vitória tangencial por 3-2.
Assim sendo, e porque os tempos daquele movimento empolgante já lá vão, acredita-se que o selecionador Age Hareide saberá manter o futebol direto de que não prescinde, também em função do perfil dos jogadores de que dispõe.
Aliás, a forma como chegou a este Mundial pode ser um claro indício do que aí vem. O afastamento da Irlanda, no play-off, que incluiu um esclarecedor 5-1, explica por que motivo a Dinamarca se sente confortável a jogar desta maneira.
E, depois, ter alguém como Christian Eriksen, uma das figuras do Tottenham, ajuda e muito. Quem marca onze golos em doze jogos é uma carta vital em qualquer baralho.