Dinheiro gasto nos Jogos Olímpicos deve ser encarado como «investimento»
O secretário de Estado Alexandre Mestre adiantou que o Governo quer «premiar o mérito» e assegurou que «já houve mudanças ao nível dos critérios de comparticipação financeira».
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O secretário de Estado do Desporto considerou que os quase 15 milhões de euros que custou a participação de Portugal nos Jogos Olímpicos devem ser encarados como um «investimento» e não como uma «despesa».
Em declarações à TSF, Alexandre Mestre lembrou que como esta verba envolve «dinheiros públicos», estes «têm de ser fiscalizados e escrutinados».
«Penso que é legítimo que o Governo e a Administração Pública devam fiscalizar e procurem que o dinheiro que é empregue e investido seja o melhor utilizado possível», explicou.
Alexandre Mestre recordou ainda que o «Governo, em particular, que não é quem ganha as medalhas muitas vezes é apontado como o bode expiatório quando as coisas podem correr menos bem e temos de evitar isso».
Com os Jogos Olímpicos de 2016 no horizonte, este secretário de Estado adiantou ainda que o Governo quer «premiar o mérito» e dar mais a quem apresenta mais resultados, tendo já começado o trabalho para mudar os critérios de atribuição de ajudas.
Alexandre Mestre concorda «com todos os dirigentes que digam que quem mais faz é que merece mais fundos» e garantiu que «já houve mudanças ao nível dos critérios de comparticipação financeira» para os contratos-programa de 2012.
«Essas mudanças foram feitas em consulta com as federações, ou seja, perguntámos às federações quais são os critérios que elas acham que são mais apropriadas para premiar o mérito», explicou.