Diogo Narciso "concretiza sonho" na estrada, mas não tira os olhos da meta dos Jogos Olímpicos na pista
O ciclista parte como líder da classificação geral para a etapa rainha do Grande Prémio JN
Corpo do artigo
Diogo Narciso está a viver o ponto mais alto da carreira no ciclismo de estrada. O atleta da Credibom/LA Alumínios/Marcos Car vai vestir esta terça-feira de amarelo pelo segundo dia consecutivo no Grande Prémio JN. Mais habituado ao sucesso na pista, a caminho dos 24 anos, começa a dar cartas também na outra vertente do ciclismo e parte como líder da classificação geral para a etapa rainha da prova.
A segunda etapa do Grande Prémio JN, em Valongo, vai ficar para sempre marcada na vida de Diogo Narciso: “É a vitória mais importante da minha carreira e estou muito feliz.”
A par da vitória na etapa, veio a camisola amarela. O ciclista fala mesmo num “concretizar de um sonho”.
Passou mais um dia e Diogo Narciso manteve a camisola amarela, em casa, em Gondomar: “Estou a cinco quilómetros de casa, nem isso, a casa dos meus pais, onde cresci, nunca imaginei estar na minha terra com a camisola amarela”, conta.
Vai colecionando feitos, à procura da glória eterna no Grande Prémio JN: “Se não for eu, que seja um colega de equipa, mas acho que podemos levar esta vitória para casa e vamos dar tudo até ao fim.”
O sucesso é novidade para Diogo Narciso no ciclismo de estrada, depois de já ter experimentado sensações semelhantes na pista. No currículo conta com três medalhas de prata em Europeus sub-23 e um quarto lugar num Mundial na categoria principal.
“Tenho um carinho especial pela pista desde muito novo, porque comecei muito cedo e o professor Gabriel, o meu treinador de pista, deu-me a mão e acreditou sempre em mim. E daí os resultados estarem a aparecer. Finalmente também começam a aparecer na estrada e espero continuar com esta onda de bons resultados”, explica.
Na pista, o foco está numa estreia em Jogos Olímpicos, em Los Angeles, e em manter o nível de Portugal após as medalhas de Iuri Leitão e Rui Oliveira, em Paris. Até 2028, há muita estrada para andar e, a curto prazo, a ideia passa por continuar a colorir de amarelo o Grande Prémio JN até à última pedalada.
