Veja os golos. Rodrigo, na própria baliza, e Everton marcaram para o Benfica.
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O Benfica venceu, este domingo, o Gil Vicente por 2-0 num jogo em que o brasileiro Everton esteve em destaque. O atacante encarnado esteve nos dois golos das águias: no primeiro forçou um autogolo e no segundo foi mesmo o próprio quem cabeceou para o fundo da baliza.
Com esta vitória, os comandados por Jorge Jesus somam 24 pontos, menos dois do que o líder Sporting e mais cinco - à condição - do que o FC Porto, terceiro classificado. Já o Gil Vicente continua com nove pontos no 14.º lugar.
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Já, talvez, a pensar na Supertaça, Jorge Jesus levou a Barcelos todos os jogadores que o Benfica tem disponíveis e escolheu, de entre eles, um onze e um banco com elementos surpreendentes: Jardel tira Otamendi da defesa e Weigl e Pedrinho entram no onze encarnado. Rafa, por exemplo, não está sequer no banco. Otamendi e Gabriel também ficaram na bancada.
Foram precisos apenas cinco minutos de jogo para que as equipas mostrassem que o objetivo de ambas era o de atacar. Sem complexos, ora o Gil Vicente, ora o Benfica procuravam subir no terreno com a bola controlada.
Foi aos dez minutos que os barcelenses sentiram o primeiro calafrio: desentendimento entre Denis e a sua defesa e Darwin acaba por sair do meio da confusão com a bola em velocidade. O uruguaio adiantou-a demasiado e acabou por oferecer um pontapé de baliza.
Os da casa, alinhados em 4x3x3, tinham em Claude Gonçalves o médio mais defensivo e em Samuel Lino o mais ofensivo, mas a mobilidade entre os três da frente acabava por ser demasiado móvel para ter uma referência assumida.
Já no Benfica, alinhado no 4x4x2 de Jorge Jesus, Weigl assumia as despesas do meio-campo defensivo, com Pizzi mais avançado, Pedrinho à direita e Everton na esquerda. Foi precisamente o brasileiro quem, aos 22', aproveitou um cruzamento de Gilberto para, de primeira, obrigar Denis a aplicar-se, impedindo o primeiro golo do jogo.
Em cima da meia hora, coube a Darwin tentar abrir o marcador. O uruguaio surge desmarcado do lado direito e tirou o primeiro defesa do caminho mas, quando se virou para a baliza, preferiu tentar oferecer o golo a Seferovic. Seis minutos depois foi Gilberto quem ameaçou, mas desta vez Denis teve de voar para desviar por cima da trave.
Momentos depois chegava o primeiro momento de real perigo criado pelo Gil Vicente, quando Vítor Carvalho cabeceou com perigo.
O Benfica de Jorge Jesus contava, antes do intervalo, com 58% da posse de bola e ainda viu um cartão amarelo ser mostrado a Gilberto, num lance muito disputado e em que os gilistas ficaram a queixar-se de agressão do defesa brasileiro do Benfica sobre Leautey.
Aconteceu ao contrário: o jogo continuou e quem acabou por sofrer uma expulsão foi o Gil Vicente, quando Ygor Nogueira acabou por ver o segundo amarelo após lance disputado com Darwin. Tinha visto o primeiro sete minutos antes devido a uma infração igual.
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Foi com um empate a zeros que as equipas recolheram aos balneários. No regresso, Tim Hall entrou para o lugar de Leautey e, no Benfica, Pedrinho saía para dar o lugar a Taarabt. Nem um minuto depois do reinício da partida, Weigl via um amarelo por entrada perigosa sobre Mineiro.
Os da casa entraram bem melhor na segunda parte e, em apenas um minuto, fizeram o Benfica tremer. Aos 53', Lucas Mineiro salta no interior da grande área depois de um pontapé de canto e obriga Vlachodimos a aplicar-se.
Mais um canto, mais um cabeceamento, desta vez à trave. Depois, Lourency obrigou o guardião do Benfica a nova defesa. E mais um canto. Mais um cabeceamento de Lucas Mineiro. Dessa vez saiu fraco e as águias lá respiraram. Serviu para acordar.
Pizzi e Gilberto combinam sobre a direita, com o brasileiro a cruzar ao segundo poste. Everton salta e cabeceia de cima para baixo, onde surge Rodrigo Prado a cabecear involuntariamente a bola para o fundo da baliza. O primeiro golo tinha chegado aos 59'.
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No minuto seguinte o Gil Vicente quis lembrar o Benfica de que ainda estava no jogo. Samuel Lino é lançado em velocidade e, descaído sobre a esquerda, não conseguiu bater Vlachodimos. Logo de seguida surge Lourency acompanhado de Grimaldo, com o espanhol a conseguir "meter o pé" e impedir o empate gilista.
Voltou a servir para acordar o Benfica. Pizzi trabalha sobre o lado direito e deixa a bola para Seferovic. O suíço puxa dos galões para ultrapassar um adversário e tira um cruzamento ao segundo poste, onde volta a surgir Everton para cabecear. E desta vez o golo foi mesmo dele.
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Apesar de estar a vencer, e até ao final, o Benfica continuou a mostrar um sinal que tem sido, até aqui, preocupante para os da Luz: defender bolas paradas é um problema que pode vir a sair caro. A Supertaça é já na quarta-feira e o adversário é o FC Porto.
Onze do Gil Vicente: Denis, Joel, Rodrigo (C), Ygor Nogueira, Talocha, Gonçalves, Lucas Mineiro, Lourency, Leautey, Vítor Carvalho e Samuel Lino
Onze do Benfica: Vlachodimos, Gilberto, Jardel (C), Vertonghen, Grimaldo, Weigl, Pizzi, Everton, Pedrinho, Seferovic e Darwin
O jogo foi arbitrado por Nuno Almeida e no VAR esteve António Nobre.
Suplentes do Gil Vicente: Daniel Fuzato, Tim Hall, Bouba, Henrique Gomes, Kanya, Renan Oliveira, Leandrinho, Baraye e Hamed.
Suplentes do Benfica: Helton Leite, Ferro, Diogo Gonçalves, Nuno Tavares, Samaris, Taarabt, Cervi, Waldschmidt e Gonçalo Ramos.