O objetivo passa por juntar quatro clubes de cada país. A Liga Portugal, quando era liderada por Pedro Proença, chegou a defender esta ideia
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A Associação de Dirigentes Desportivos Espanhóis (ADDE) está empenhada em avançar com uma competição de futebol que reúna os melhores clubes da Península Ibérica. Essa ideia foi defendida pelo presidente do organismo, à margem do 30.º Congresso da Associação Nacional de Dirigentes de Futebol, Futsal e Futebol de Praia (ANDIF), em Matosinhos.
O formato da prova pressupõe oito equipas — quatro de cada país e divididas por dois grupos —, com jogos na pré-época ou no final da temporada.
O principal entrave, segundo Queco Huerta, é o "congestionamento do calendário". Nesse sentido, assinala, a solução inicial relaciona-se com a criação de um projeto-piloto, de modo a testar o compromisso dos clubes.
A ADDE está em contacto com a ANDIF para fazer avançar a ideia. Queco Huerta, que é também vice-presidente da Federação Internacional de Dirigentes Desportivos, acredita que o projeto possa ter "o apoio e a permissão das federações e as ligas portuguesa e espanhola porque é positivo para o futebol de ambos os países".
"Esta ideia é muita boa porque valoriza não só o futebol português, como o espanhol (...) Daria a oportunidade de ver equipas como o Real Madrid e o Barcelona jogar em Portugal", acrescenta.
A organização conjunta do Mundial 2030 é também encarada como uma oportunidade para dar força a esta aspiração.
Enquanto presidente da Liga Portugal, Pedro Proença, agora na Federação Portuguesa de Futebol, defendeu várias vezes a criação da prova, mas os responsáveis pelo futebol em Espanha nunca deram luz verde.
