Espalhou classe nos relvados, mas é como massagista no ciclismo que encontrou a felicidade
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Jorge Miguel Ferreira dos Santos, mais conhecido por Jorginho, é uma das figuras das melhores e maiores equipas da história do Campomaiorense. Do futebol tirou razoáveis reservas financeiras, mas garante que dele não sente saudades. É no ciclismo que encontrou a felicidade.
“Fomos à final da Taça de Portugal, fizemos muito boas campanhas na I Liga. Foram tempos ótimos", recorda, em declarações à TSF.
Jorginho era homem golo, avançado na década de 90 e início do milénio, jogou ao lado de grandes nomes do futebol profissional. Terminou a carreira aos 38 anos, mas ficar de mãos a abanar durante muito tempo estava fora de questão. Fez-se a vida e, dois anos depois, tirou uma licenciatura em Ciências do Desporto.
“Estou a trabalhar na parte desportiva, na parte de treino pessoal, pilates clínico. Estou a fazer muitas coisas ligada ao exercício, mas o exercício virado para a saúde”, explica.
Hoje, com 49 anos, é também massagista da equipa norte-americana Project Echelon: "Fui convidado através de um grande amigo meu. Foi uma oportunidade que surgiu quase do nada. A equipa gostou muito de mim e está a contar comigo para continuar com eles."
É massagista na Volta a Portugal, mas Jorginho não se fica por aí: “O Jorginho faz tudo, faz nutrição, faz abastecimentos, dá massagens, prepara garrafas, prepara lanches, ou seja, tenho de trabalhar muito. Costuma-se dizer que quem trabalha por gosto, não cansa", afirma, confessando que não tem saudades do futebol.
Lamenta as lesões e o mundo à parte, que prefere não falar. Já sobre o ciclismo, garante estar a "adorar", porque "não pára". "Hoje acordei às 06h00, fui correr dez quilómetros e estou a fazer isto e só vou deitar-me às 23h00. Não vou parar até às 23h00 e no outro dia é a mesma coisa."
Jorginho garante estar bem no ciclismo e de bem com a vida. O futebol serviu para arranjar um razoável pé-de-meia "para viver bem e para viver tranquilo".
É o terceiro jogador com mais jogos com a camisola do Campomaiorense, só batido pelo guarda-redes Paulo Sérgio e pelo brasileiro Laelson. No mundo do ciclismo, dizem, há poucos que o batam.