Dois golos nos últimos 14 segundos da partida permitiram ao Benfica vencer os rivais na Luz. A cerca de dois minutos do fim da partida os encarnados estavam a perder por 2-4.
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Ficou 6-4 para o Benfica. Um resultado que permitiu às águias reforçarem a liderança do nacional de hóquei em patins e têm mais nove pontos do que os dragões.
Com 11 vitórias nesta temporada, a saga de bons resultados do Benfica na principal competição nacional é, aliás, impressionante: as águias somam 39 partidas sem perder no campeonato - a última derrota (3-2) ocorreu a 17 de maio de 2014, no Dragão Caixa.
Na última época, os campeões nacionais somaram 25 vitórias e um empate e, na presente temporada, ainda não perderam qualquer ponto, cumpridas 11 jornadas.
Um Pavilhão Fidelidade praticamente cheio assistiu a um grande espetáculo, por decidir até ao último apito dos árbitros. A 14 segundos do fim, o jogo estava empatado (4-4), mas um tiro de meia-distância de Tiago Rafael e um remate de Miguel Rocha, já com o FC Porto a jogar com Nélson Filipe como guarda-redes avançado, ditaram o resultado final.
Durante a primeira parte, o domínio foi bastante repartido, com os dragões a mostrarem-se mais perigosos e assertivos em termos atacantes.
Mas, foi o Benfica que, aos nove minutos, inaugurou o marcador, pelo internacional argentino Carlos Nicolía. O remate do benfiquista ainda embateu no stick de um jogador dos dragões, traindo o guarda-redes Nélson Filipe.
Pouco antes do intervalo, registou-se algum sururu na Luz. O benfiquista Tiago Rafael intercetou uma bola junto da sua baliza e rematou contra um jogador azul e branco, com a primeira parte a acabar. Os portistas não gostaram, mas, após alguns encontrões, os ânimos serenaram.
Aos 29 minutos, o FC Porto empatou, por Hélder Nunes, que recuperou uma bola a meio-campo, patinou velozmente para o ataque e rematou forte e bem colocado, não dando hipóteses ao guarda-redes Guillem Trabal.
Os dragões assumiram o comando do marcador aos 32 minutos, através de um remate certeiro do avançado Jorge Silva e, na resposta Carlos Nicolía desperdiçou um livre direto e o Benfica dois minutos com mais um jogador.
Os últimos 10 minutos foram de alta voltagem, com Nicolía a voltar a marcar para as águias, aos 40 minutos, desviando subtilmente um remate de meia-distância de Tiago Rafael.
Na resposta imediata, Vítor Hugo e Rafa Costa voltaram a colocar o FC Porto com dois tentos de vantagem (4-2), que parecia decisiva. Puro engano.
Carlos Nicolía, genial artista do stick, reduziu aos 44 minutos, aos 48, o FC Porto não sentenciou, com Gonçalo Alves a falhar um livre direto, ao contrário do argentino, que empatou o jogo a quatro, apontando o póquer, ao minuto 49.
E, a loucura tomou conta dos adeptos encarnados nos últimos 14 segundos, com o Benfica a selar o triunfo, 6-4, por Tiago Rafael e Miguel Rocha. Os campeões nacionais somaram, assim, o 11.º triunfo, em 11 jogos.