"Foi como roubar a carteira a um inglês", admitiria mais tarde Maradona a Kusturica. Faz agora 31 anos dos golos do canhoto à Inglaterra no Mundial. Lineker não resistiu e mencionou o vídeo-árbitro.
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Trinta e um anos depois, a "mão de deus" de Maradona ainda agita o mundo. Foi e será sempre assim. E o fair-play dos ingleses, pelo menos de um, que levaram uma tareia de um canhoto genial no dia 22 de junho de 1986, é de se tirar o chapéu.
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"Faz trinta e um anos hoje. É tarde de mais para a tecnologia de vídeo?", pergunta Gary Lineker no Instagram, com uma fotografia da mão marota a tocar na bola. Em causa está o golo irregular da Argentina nas "meias" do Campeonato do Mundo. O avançado inglês, que nesse verão mágico de 86 saltou do Everton para o Barcelona, era o camisola 10 de uma seleção que sonhava imitar o feito de 66.
Lineker até marcou um golo, mas foi impossível copiar Bobby Charlton e companhia, no entanto, por duas razões: a mão e o pé esquerdos de Diego Armando Maradona. Claro que o segundo golo do argentino (2-1), que fez Víctor Hugo Morales chorar e berrar "de que planeta vieste!?", é porventura o mais especial da história dos mundiais, mas a "mão de deus" conquistou semelhante destaque.
É importante lembrar o contexto do jogo. Argentina e Inglaterra, que disputavam a vaga na final do México-86, viviam sob tensão, num confronto diplomático, fora das quatro linhas, graças à Guerra das Malvinas. Soube-se mais tarde que Maradona, que pouco falava no assunto publicamente, incentivou os colegas mencionando os jovens argentinos que morreram na guerra. Sobre o golo irregular com a mão, com um sorriso impossível e muito maradoniano, desabafou mais tarde a Emir Kusturica: "foi como roubar a carteira a um inglês".
Recordemos:
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