"Era impensável num clube como o Benfica ou o FC Porto acontecer o que aconteceu"
Após ter sido absolvido do ataque a Alcochete, Bruno de Carvalho falou sobre o caso em entrevista à TVI.
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No mesmo dia em que foi absolvido do ataque a Alcochete, Bruno de Carvalho foi à TVI falar sobre o caso e ressalvou que o que aconteceu esta quinta-feira não é o fim de nada.
"Infelizmente, hoje estou na rua e há muita gente que continua com o estigma de que não foi feita justiça. Sinto que foi um assassinato de caráter tão grande que vai demorar a resolver", confessou Bruno de Carvalho.
O ex-dirigente leonino aproveitou também a oportunidade para criticar os jornalistas que usaram a expressão "por falta de provas" para justificar o desfecho do caso.
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"As juízas tentaram, ao máximo, dizer as coisas como devem ser, ou seja, não há obtenção de prova. Tentaram, com calma, nunca utilizar o 'por falta de provas' e na área do jornalismo e da comunicação sabem que as palavras têm valor. Esta procuradora tentou tudo. As sessões foram só Bruno de Carvalho. Não há uma mensagem de WhatsApp sobre mim, a não ser para me baterem", explicou o ex-presidente do Sporting.
Questionado sobre aquilo que lhe ia na cabeça quando conheceu a sentença, Bruno de Carvalho revelou que só pensou em abraçar a família.
"Infelizmente aquilo que pensei foi: quero ir abraçar a minha família porque eles sofreram como nunca deviam ter sofrido, porque um dia o filho ou pai decidiu ser presidente do Sporting. O clube que amo, que é o maior problema. Gostava que as pessoas entendessem que aquilo que aconteceu no Sporting só aconteceu exatamente por eu ser inocente. Era impensável num clube como o Benfica ou o FC Porto acontecer o que aconteceu", afirmou Bruno de Carvalho, referindo-se ao processo judicial de que foi alvo.
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Por fim, o antigo dirigente dos leões comparou também o ataque a Alcochete à tragédia de Entre-os-Rios, que aconteceu em março de 2001.
"O ministro que se devia ter demitido no Sporting era o diretor da segurança. Ainda não se sabia o que tinha acontecido e as principais figuras do Estado português já estavam a apontar-me o dedo. Não percebo o que eu ganhava com aquele crime", acrescentou o antigo presidente do clube de Alvalade.
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