"Era sempre o mais rápido." Ivan Domingues volta a colocar Portugal na F3, 12 anos depois de Félix da Costa

Portugal vai voltar a ter uma presença na Fórmula 3 (F3). Ivan Domingues vai correr pela equipa neerlandesa Van Amersfoot Racinga (VAR), 12 anos depois de António Félix da Costa ter feito a última temporada na categoria.

Natural de Leiria, o jovem de 18 anos conta, em declarações à TSF, que o fascínio pelas corridas mais mediáticas do mundo começou sentado no sofá, ao lado do pai.

"O meu pai sempre gostou de ver a Fórmula 1 e de carros e costumava ver a Fórmula 1 no domingo à tarde e eu lembro-me que passava sempre os domingos com ele no sofá a ver a Fórmula 1. Depois surgiu a oportunidade de ir com o pai e com os meus irmãos ao kartódromo da Batalha e calhou de experimentar os karts de aluguer", recorda Ivan Domingues.

Da primeira experiência à competição a sério, o automobilista participou num campeonato mais familiar: "Eu gostei muito da velocidade, da adrenalina e de conduzir e os meus irmãos também. Então começámos os três a fazer assim uns treinos, muito amador e muito na diversão, ali nos meus oito anos, e o início foi ali muito competitivo com os meus irmãos. Estávamos sempre ali na guerra a ver quem é que era mais rápido e naturalmente eu era sempre o mais rápido."

Agora, com 18 anos e depois de já ter experiência na Fórmula 4 e na Fórmula Regional Europeia by Alpine, Ivan Domingues só pensa, para já, na estreia na F3.

"Sinto-me feliz de voltar a meter a bandeira de Portugal no mapa das categorias que correm em participação com a Fórmula 1. Não sinto nenhuma pressão, nem nada. Só estou feliz e grato pela oportunidade que estou a ter e espero representar Portugal da melhor maneira (...) Neste momento estamos muitos focados no presente, não estamos a pensar em planos futuros. Estamos muito focados agora no início da temporada da F3.", assegura.

A estreia vai acontecer em março, no Grande Prémio da Austrália, no terceiro circuito Fórmula. No entanto, chegar aos pódios mais altos da competição que via com o pai quando era criança é um objetivo.

"Desde pequeno que tenho vindo a trabalhar para isso e nos últimos anos, mais em concreto, temos vindo a profissionalizar o projeto de maneira a que as probabilidades de chegar à Fórmula 1 sejam cada vez maiores. Embora a entrada na Fórmula 1 por vezes não depende apenas só dos resultados, tem muitos interesses financeiros, e não só, pelo meio. Sem dúvida que eu vou dar o meu melhor e o meu máximo para fazer com que a bandeira de Portugal chegue a um pódio da Fórmula 1", espera.