Na véspera do jogos dos quartos-de-final do Euro2012, João Moutinho rejeitou o favoritismo de Portugal no jogo contra a República Checa, defendendo que há «50 por cento» de hipótese para cada lado.
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«O favoritismo tem de ser demonstrado dentro de campo. Há 50 por cento de hipótese para cada lado e dentro de campo temos de fazer o que fizemos nos últimos três jogos da competição», disse o internacional luso, na conferência de imprensa de antevisão do jogo de quinta-feira, realizada no Estádio Nacional de Varsóvia.
Para João Moutinho, a República Checa está com moral para avançar para as meias-finais, porque, tal como a seleção portuguesa, «não começou bem, mas conseguiu passar um grupo difícil».
«É uma equipa extremamente motivada, moralizada. Uma equipa que vai tentar uma vitória. É uma seleção muito forte que vamos ter de contrariar para seguir em frente», completou.
O jogador do FC Porto alertou para o perigo que representa colocar antecipadamente Portugal na final ou meia-final do Euro2012, recordando que isso de nada servirá se a seleção portuguesa não ultrapassar o jogo de quinta-feira.
Moutinho assumiu que o meio campo e toda a equipa lusa estão confiantes e preparados para conseguir um bom resultado.
«Claro que depois de eliminarmos uma equipa como a Holanda sentimo-nos ainda mais moralizados. Mas temos de continuar a fazer o nosso trabalho», reconheceu, admitindo que a equipa das "quinas" adapta as suas estratégias de acordo com as qualidades dos adversários.
Elogiado pela exibição frente à Holanda, o médio preferiu destacar o desempenho coletivo e o facto de todos os internacionais lusos estarem no Europeu para seguir o que Paulo Bento delineou.
De acordo com João Moutinho, que revelou que os jogadores lusos estão ansiosos pelo apito inicial dos quartos de final do Euro2012, o relvado do Estádio Nacional de Varsóvia em nada influenciará o decorrer do jogo com a República Checa.
«Estive ainda há pouco no relvado e não me pareceu assim tão mau como têm dito. Vamos ter de ambientar-nos logo no aquecimento», esclareceu.
Na quinta-feira, na memória do internacional português não estará a derrota de Portugal no Euro1996, mas sim a vitória no Campeonato da Europa de há quatro anos.
«O que mais me lembro é de 2008, em que estive presente e conseguimos a vitória sobre a República Checa. Em 1996, tinha 10 anos, não me lembro muito bem. Isso é passado, são memórias, temos é de nos concentrar no jogo de amanhã», rematou.